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Nacional
Sexta - 17 de Agosto de 2007 às 09:38

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Hoje completa um mês da maior tragédia da aviação brasileira. No dia 17 de julho, o Airbus A320 da TAM, que fazia o vôo 3054 - de Porto Alegre (RS) a São Paulo (SP) -, não conseguiu pousar na pista do Aeroporto de Congonhas, na zona sul da capital paulista, e colidiu contra o prédio da companhia. Morreram 199 pessoas no acidente e, destas, cinco ainda não foram identificadas pelo Instituto Médico Legal (IML).

Parentes das vítimas do acidente programaram para hoje manifestações. Eles deverão ir até a Praça da Sé, no centro de São Paulo, e depois fazer uma caminhada na zona sul da capital paulista para lembrar as vítimas do desastre com o Airbus. O grupo deverá sair do Aeroporto de Congonhas e ir até o terreno onde ficava o prédio da TAM Express, implodido depois do acidente. Eles deverão depositar no local flores.

Ontem, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, se reuniu no hotel Blue Tree Tower, no Ibirapuera, em São Paulo, com familiares da vítimas. Ele prometeu investigar a denúncia de que 23 minutos do áudio da caixa-preta do Airbus teriam sumido durante os processos de investigação.

Os órgãos competentes ainda investigam quais foram as causas do acidente. A transcrição do diálogo entre piloto e co-piloto do Airbus e controladores da torre do aeroporto, registrado na caixa-preta, foi divulgada pela CPI do Apagão aéreo no dia 1º de agosto. Nela conta som de gritos, uma voz feminina e a batida. Antes dos sons da batida do avião, foi possível ouvir, na cabine: "olhe isso, desacelera, eu não consigo, oh meu Deus, oh meu Deus, vira, vira".

Informações da caixa-preta de dados do avião mostrariam, através de gráficos, que o motor da turbina direita da aeronave não desacelerou no momento em que o avião aterrissou na pista principal do aeroporto. A outra turbina teria realizado o procedimento de frenagem dentro da normalidade.

Os dados mostrariam ainda que houve um aumento significativo na pressão exercida sobre os freios da aeronave, depois que o piloto percebeu que estava com velocidade superior ao previsto. Os gráficos apontariam também que nenhum dos cinco sistemas de spoilers (peças móveis da asa que auxiliam na frenagem) funcionaram durante o procedimento de aterrissagem.

Deputados da CPi do Apgão Aéreo afirmaram que um gráfico da caixa-preta de dados do avião da TAM mostra que uma das manetes (alavancas que controlam a velocidade) estava na posição de aceleração no momento do pouso.





Fonte: Folha Online

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