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Internacional
Quinta - 16 de Agosto de 2007 às 20:17

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ANCARA - O presidente da Turquia, que está deixando o cargo, recusou-se na quinta-feira a aprovar o novo gabinete do premiê Tayyip Erdogan, afirmando que o primeiro-ministro deve submeter a lista ao próximo mandatário.

Erdogan afirmou que a atitude do presidente Ahmet Necdet Sezer foi "bastante positiva" na reunião entre os dois, e que a atitude deve ser encarada como uma cortesia ao sucessor.

Sezer é um secularista convicto, que critica o partido AK, de Erdogan, que tem raízes islamitas, e várias vezes vetou suas leis e nomeações. Sezer deve se aposentar quando o Parlamento turco eleger seu sucessor, ainda este mês.

Erdogan afirmou que ficou surpreso com a decisão do presidente, mas deixou claro não guardar mágoas. O AK obteve uma vitória decisiva nas eleições parlamentares de 22 de julho.

O premiê deve trazer muitos novos nomes para o gabinete, principalmente para acelerar as reformas políticas e econômicas da Turquia. A votação indireta para presidente no Parlamento começa na segunda-feira.

O AK indicou como candidato o ministro das Relações Exteriores, Abdullah Gul, que deve conquistar a Presidência ao fim da terceira rodada de votação, no dia 28 de agosto, quando precisará apenas da maioria simples. O AK detém 341 das 550 cadeiras da assembléia.

Assim como Erdogan, Gul é um ex-islamita visto com desconfiança pela poderosa elite laica da Turquia, que inclui as Forças Armadas. Os militares ajudaram a atrapalhar a primeira tentativa do AK de fazer Gul presidente, em maio. A manobra obrigou Erdogan a convocar as eleições parlamentares meses antes do programado.





Fonte: Reuters

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