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Economia
Quinta - 16 de Agosto de 2007 às 16:19
Por: Natalia Gómez

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Depois de uma alta de 16% nos preços do boi no primeiro semestre, o Friboi acredita que a retomada da oferta de gado deve reduzir os preços no resto do ano. Segundo o diretor José Paulo Macedo, que a partir de setembro será o diretor de Relações com Investidores da empresa, a pressão foi causada pelo período de entressafra, quando os frigoríficos deixam de ser abastecidos por gado de pastagem para comprar os bois criados em confinamento. O abastecimento volta ao fluxo normal a partir de agosto. "Este movimento acontece todo ano e terá pouco impacto no segundo semestre", disse. Segundo o executivo, nos últimos anos, o período de confinamento tem se prolongado para melhorar a qualidade do gado. "A melhoria dos processos tornou viável um confinamento mais longo", disse. Com isso, os animais demoram mais para chegar aos frigoríficos, pressionando os preços por mais tempo.

No segundo semestre, o desempenho da companhia no mercado externo deve ser impulsionado pela Rússia. O país costuma ampliar suas compras neste período do ano para formar um estoque para o inverno, quando a logística é prejudicada, de acordo com Macedo. Hoje, a Rússia está sendo abastecida pelo Friboi a partir de quatro unidades: Pedra Preta (MT), Vilhena (RO), Cáceres (MT) e Araputanga (MT). Em maio, a Rússia suspendeu a importação de carne de 11 frigoríficos brasileiros, entre os quais o Friboi, que possui unidades embargadas em Andradina (SP), Goiânia (GO) e Barra do Garça (MT). "Fizemos o remanejamento da produção e as vendas não foram afetadas", disse. A Rússia representa 12% das exportações da companhia. No segundo trimestre, as vendas externas da empresa cresceram 23,9% em volume. O preço de venda médio em dólar subiu 7,3% no período.

Mercado interno

Para o mercado interno, as expectativas também são positivas. De acordo com Macedo, os preços dos produtos industrializados devem se recuperar depois de uma queda de 15,3% em comparação com o mesmo período do ano passado. Para isso, a empresa deve ampliar a quantidade de lançamentos com a marca Swift, estratégia que já garantiu o crescimento de 14,6% nos preços dos industrializados em comparação com o primeiro trimestre do ano. A recuperação dos preços do frango também beneficiarão o Friboi, uma vez que reduz a concorrência com a carne bovina. Atualmente, a companhia opera com utilização de 75% a 85% de sua capacidade produtiva e está atenta a compras na América do Sul e no Bloco do Pacífico. A partir do próximo trimestre, a empresa divulgará os resultados consolidados da americana Swift, comprada em maio por US$ 1,4 bilhão.





Fonte: AE

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