Cubo mágico pode ser resolvido em 26 passos, diz estudo
No quebra-cabeças, também conhecido como cubo de Rubik e muito popular nos anos 70 e 80, as pessoas enfrentam o desafio de agrupar nove peças de uma mesma cor em cada um dos seis lados do cubo.
Os cientistas Daniel Kunkle e Gene Cooperman utilizaram um supercomputador para investigar a solução do desafio, e ele chegou à conclusão após 63 horas de cálculos.
Especialistas em computação, os estudiosos acreditam que, com mais trabalho, eles podem reduzir ainda mais o número de movimentos necessários para solucionar o quebra-cabeça.
Até antes deste estudo, o menor número de movimentos que estudiosos haviam precisado para solucionar o cubo havia sido 27.
Bilhões de possibilidades
Para se chegar a soluções a partir de cada uma das cerca de 43 quintilhões de possíveis posições diferentes do cubo mágico, seria necessário muito tempo, até para um supercomputador.
Por isso, Kunkle e Cooperman, da Universidade Northeastern, em Boston, usaram uma técnica de dois passos no trabalho.
Os cientistas sabiam que, no caso de 15 mil configurações, era possível resolver o quebra-cabeça com alguns poucos movimentos a mais.
Assim, no primeiro passo, os dois estudiosos programaram o supercomputador para que analisasse o cubo desordenado e chegasse, com o menor número de movimentos possível, a uma dessas 15 mil posições.
Nesses casos, o cubo desordenado poderia ser solucionado em um total máximo de 29 movimentos, mas a maioria dos cubos poderia voltar à posição inicial em 26 passos ou menos.
Kunkle e Cooperman então voltaram suas atenções para os poucos casos de configurações "problema", que exigiam mais do que 26 movimentos para serem solucionadas.
“Número de Deus”
Os pesquisadores usaram o supercomputador para buscar a melhor forma de resolver estes cubos e conseguiu solucionar todos estes casos especiais em menos de 26 movimentos.
O estudo aproxima os cientistas da descoberta do chamado "número de Deus", como é chamado o número mínimo de movimentos para fazer com que o cubo mágico volte à sua posição inicial.
O número é chamado desta forma porque Deus iria precisar de apenas a menor quantidade de movimentos para resolver o quebra-cabeça. Trabalhos teóricos sugerem que o "número de Deus" está um pouco acima de 20.
Kunkle e Cooperman anunciaram suas descobertas no Simpósio Internacional de Computação Simbólica e Algébrica, em Waterloo, na Província de Ontário, Canadá.
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