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Quinta - 16 de Agosto de 2007 às 14:29

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Um estudo realizado nos Estados Unidos indica que bastam apenas 26 movimentos para resolver o cubo mágico, o famoso quebra-cabeças tridimensional criado em 1974 pelo professor de arquitetura húngaro Erno Rubik.

No quebra-cabeças, também conhecido como cubo de Rubik e muito popular nos anos 70 e 80, as pessoas enfrentam o desafio de agrupar nove peças de uma mesma cor em cada um dos seis lados do cubo.

Os cientistas Daniel Kunkle e Gene Cooperman utilizaram um supercomputador para investigar a solução do desafio, e ele chegou à conclusão após 63 horas de cálculos.

Especialistas em computação, os estudiosos acreditam que, com mais trabalho, eles podem reduzir ainda mais o número de movimentos necessários para solucionar o quebra-cabeça.

Até antes deste estudo, o menor número de movimentos que estudiosos haviam precisado para solucionar o cubo havia sido 27.

Bilhões de possibilidades

Para se chegar a soluções a partir de cada uma das cerca de 43 quintilhões de possíveis posições diferentes do cubo mágico, seria necessário muito tempo, até para um supercomputador.

Por isso, Kunkle e Cooperman, da Universidade Northeastern, em Boston, usaram uma técnica de dois passos no trabalho.

Os cientistas sabiam que, no caso de 15 mil configurações, era possível resolver o quebra-cabeça com alguns poucos movimentos a mais.

Assim, no primeiro passo, os dois estudiosos programaram o supercomputador para que analisasse o cubo desordenado e chegasse, com o menor número de movimentos possível, a uma dessas 15 mil posições.

Nesses casos, o cubo desordenado poderia ser solucionado em um total máximo de 29 movimentos, mas a maioria dos cubos poderia voltar à posição inicial em 26 passos ou menos.

Kunkle e Cooperman então voltaram suas atenções para os poucos casos de configurações "problema", que exigiam mais do que 26 movimentos para serem solucionadas.

“Número de Deus”

Os pesquisadores usaram o supercomputador para buscar a melhor forma de resolver estes cubos e conseguiu solucionar todos estes casos especiais em menos de 26 movimentos.

O estudo aproxima os cientistas da descoberta do chamado "número de Deus", como é chamado o número mínimo de movimentos para fazer com que o cubo mágico volte à sua posição inicial.

O número é chamado desta forma porque Deus iria precisar de apenas a menor quantidade de movimentos para resolver o quebra-cabeça. Trabalhos teóricos sugerem que o "número de Deus" está um pouco acima de 20.

Kunkle e Cooperman anunciaram suas descobertas no Simpósio Internacional de Computação Simbólica e Algébrica, em Waterloo, na Província de Ontário, Canadá.





Fonte: BBC Brasil

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