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Agronegócios
Quinta - 16 de Agosto de 2007 às 10:36

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O setor sucroalcooleiro é o que apresenta um dos melhores indicadores de trabalho. A atividade, junto com o trabalho nos campos de soja, possui a melhor remuneração, emprego permanente e de posse de carteira de trabalho. Depois da pecuária, o setor de açúcar e álcool é também o que mais emprega na agroindústria do País.

Esses são alguns dos resultados do estudo "Observatório do Setor Sucroalcooleiro - Características do Emprego", elaborado pelo professor Rudinei Toneto Júnior e pela pesquisadora Lara Liboni, da Faculdade de Economia, Administração (FEA) da USP de Ribeirão Preto.

Toneto utilizou no estudo dados de 1995 a 2005 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE. "Muito se fala sobre as condições de trabalho do setor.

Em número de trabalhadores, a cultura canavieira supera a soja, o café, o milho, o arroz e a mandioca, perdendo apenas para a pecuária, que emprega 1,3 milhão de trabalhadores - 27,33% do total. O elevado índice de emprego na pecuária deve-se ao grande número de pequenos produtores. "Vale destacar que o setor sucroalcooleiro é o que mais cresce e com ele, a oferta de emprego, apesar da mecanização das lavouras", afirma Toneto.

Quanto à remuneração, a cultura canavieira, com salário médio de R$ 426,96 em 2005, está 27,58% acima da média salarial agrícola do País. Mas é 44,5% inferior à renda da soja . Entre 1995 e 2005, a cana proporcionou o maior aumento de remuneração média (22,84%), atrás da soja, cujo salário médio saltou 52,47% no período.

Quanto à posse de carteira assinada, o setor lidera, tanto na lavoura, com 72,83% dos trabalhadores registrados, quanto na indústria, com 93,24%. Em relação à participação dos trabalhadores permanentes sobre o total de ocupados, o setor também é líder na agricultura.

Outro dado é a qualificação dos trabalhadores. Nos canaviais, trabalhadores com zero a quatro anos de estudos são 75,15% do total, menos que o nacional, de 79,99%, mas significativamente maior do que o da soja, de 51,19%.





Fonte: Gazeta Mercantil

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