Vítimas da simulação da PM em maio pede indenização ao Estado
O advogado da família do estudante Luis Henrique Dias Bulhões entra na justiça com pedido de indenização, o garoto morreu na simulação de uma ação anti-sequestro, no dia 26 de maio, realizada pela Polícia Militar, em Rondonópolis. O inquérito civil que investisga o caso ainda não foi concluído.
O advogado da família, Carlos Alverto Alves Júnior, apresentou um processo conta o estado de Mato Grosso. A ação, que é baseada em danos morais e ato ilícito praticado, está tramitando na 2ª Vara da Fazenda Pública. O pedido de indenização foi baseado na expectativa de vida de Luis Henrique, de acordo com a idade do estudante, que na época tinha treze anos, até o final de sua vida, com base em um salário mínimo. O valor da indenização, segundo Carlos Alverto, chega a R$ 1,6 milhões.
Depois de 50 dias da tragédia, a família espera que a justiça seja feita. Luis Henrique era o filho mais velho e único menino da casa.
Outras pessoas que estiveram na simulação e foram atingidas pelos estilhaços do disparo, também entraram com pedidos de danos morais, materiais e em alguns casos, danos estéticos. Entre eles, o da menina Jéssica Gonçalves Silva, que ainda tem uma bala alojada no quadril. A menina teve que fazer muitos exames e segundo a mãe, Jéssica deve passar por uma cirurgia.
A Polícia Civil ainda não concluiu o inquérito que investiga a participação dos Policiais Militares durante a simulação anti-sequestro. De acordo com o delegado regional, João Pessoa, a perícia, das imagens e munições, estão sendo feita em Brasília e a Polícia Judiciária Civil, aguarda o laudo que deve ser concluído no final deste mês. Segundo o delegado, caso a perícia não seja conclusiva, uma simulação deverá ser feita.
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