Pílula abortiva não afetaria futura gravidez, diz estudo
O estudo analisou 12 mil mulheres dinamarquesas que tinham se submetido a um aborto de tipo químico ou cirúrgico durante o primeiro trimestre da gravidez. Segundo os pesquisadores, liderados pelo médico Jasveer Virk, não existem diferenças significativas na concepção e evolução do feto entre as mulheres que optaram pelo aborto cirúrgico ou pelo químico.
"Não encontramos provas de que um aborto químico, em comparação com um cirúrgico, aumente a probabilidade de aborto espontâneo, gravidez extra-uterina, parto prematuro ou recém-nascidos com um peso menor que o habitual", dizem os pesquisadores.
Apenas cerca de 2,4% das concepções após um aborto químico davam origem a uma gravidez extra-uterina. Pouco mais de 12% dos casos terminavam em aborto espontâneo, independentemente do tipo de interrupção da gravidez utilizado antes.
No caso dos partos prematuros as possibilidades ficaram entre 5,4% e 6,7%. As chances de o recém-nascido ter um peso menor que o habitual eram de 4% a 5,1%. Os pesquisadores só levaram em conta a primeira gravidez, posterior ao aborto, das mulheres que fizeram parte do estudo.
Só nos Estados Unidos, cerca de 360 mil mulheres utilizaram a pílula abortiva entre 2000 e 2004. Elas falham apenas em 1 de cada 14 casos, no qual é necessário realizar um aborto de tipo cirúrgico. No Brasil, o aborto é proibido, salvo em casos de estupro.
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