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Internacional
Quarta - 15 de Agosto de 2007 às 21:53

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MONTEVIDÉU - O Uruguai exigiu que a Argentina tome medidas contra ambientalistas que ameaçam atacar a fábrica de papel e celulose que está sendo construída junto à fronteira e que provoca uma disputa diplomática entre os dois governos.

O chanceler uruguaio, Reinaldo Gargano, disse na quarta-feira que foi apresentada uma nota à embaixada argentina em Montevidéu para expressar a preocupação do governo pelas recentes declarações dos manifestantes para exigir ações.

Os ambientalistas argentinos, que há meses bloqueiam rotas de ingresso no Uruguai para rejeitar a fábrica construída pela empresa finlandesa Botnia, declararam há alguns dias que poderão atacar a fábrica depois que ela começar a funcionar, nas próximas semanas.

O Uruguai defende o projeto, de cerca de 1 bilhão de dólares, que é um dos maiores investimentos privados da sua história. Já o governo argentino compartilha com os ambientalistas o temor de que haja poluição no rio Uruguai, que delimita a fronteira. Por isso, Buenos Aires não reprime os protestos.

Mas, depois das ameaças, que o governo uruguaio qualificou de "terroristas", o presidente Tabaré Vázquez decidiu enviar um protesto formal.

Gargano disse que o embaixador argentino, Hernán Patiño, recebeu "uma nota verbal na qual se transmitiu o alarme do governo uruguaio diante das manifestações de algumas pessoas sobre a destruição da fábrica da Botnia".





Fonte: Reuters

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