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Esportes
Quarta - 15 de Agosto de 2007 às 18:17

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SÃO PAULO - Se depender do presidente da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), Ary Graça, a seleção masculina vai sentir saudades do jogo veloz do levantador Ricardinho no Sul-Americano do Chile, em setembro. O dirigente afirmou que o técnico Bernardo Rezende tem carta branca para comandar a equipe e não vai interferir na decisão do treinador de cortar o jogador às vésperas do Pan-Americano do Rio. Pelo menos enquanto o time estiver ganhando.

Sob o comando de Bernardinho, desde 2001 o grupo ganhou 19 dos 23 títulos disputados, incluindo a Olimpíada de Atenas (2004), o Mundiais de 2002 e 2005 e o hexacampeonato da Liga Mundial. Ricardinho também participou das conquistas.

"Foi um problema entre o técnico e o jogador. O treinador tomou a atitude que tinha de tomar e estou de acordo com ele. Era um assunto encerrado que só voltou à tona por causa do lançamento do livro de Ricardinho", afirmou Ary. O dirigente disse que a CBV trabalha em regime de delegação de poderes e Bernardinho não responde a ele, mas ao diretor de Seleções, Paulo Márcio Nunes da Costa.

O dirigente, porém, admite que a crise envolvendo técnico e jogador "é péssima" para a seleção. "É péssimo para o vôlei ter de atuar sem o melhor levantador do mundo." O jogo da seleção sempre foi, tecnicamente, baseado na incrível velocidade do levantador. Para manter o estilo, o Brasil vai depender de Marcelinho, não tão rápido, e do jovem e inexperiente Bruno.

O dirigente não teme que o episódio abale a imagem do vôlei como esporte eficiente, que ganha títulos. "É apenas uma indisposição momentânea." Graça lembrou que já viveu outras crises, como a 2002, quando Érika, Elisângela, Raquel, Walewska, Fofão e Virna se rebelaram contra o técnico Marco Aurélio Motta. A seleção foi ao Mundial da Alemanha com Marcelle, Sheilla, Sassá, Valeskinha, Luciana e Fabi. E terminou em sétimo.





Fonte: Estadão

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