Renan diz que, neste momento, CPMF não é problema do Senado
"Não é um problema do Senado. Já votamos reforma tributária aqui no Senado que aponta na redução das alíquotas da CPMF toda vez que houver elevação de receita. Não é um problema do Senado, por enquanto é um problema da Câmara. Cada dia com a sua agonia", afirmou.
Apesar da negativa de Renan, o Palácio do Planalto já acendeu o sinal de alerta para a votação da CPMF no Senado, uma vez que, ao contrário na Câmara, pode não ter votos suficientes para aprová-la em plenário.
Reportagem publicada hoje pela Folha afirma que governistas temem que a crise política instalada sobre o presidente do Senado possa prejudicar a prorrogação do imposto.
Emissários do governo já estariam negociando alternativas para suceder Renan no cargo se perceberem que o desgaste do caso contamine acordos para conseguir aprovar o projeto no Senado. Entre os cotados para substituírem Renan no cargo, estariam os senadores Roseana Sarney (PMDB-MA), Gerson Camata (PMDB-ES) e Jarbas Vasconcellos (PMDB-PE) --que não agrada ao Palácio do Planalto por fazer oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
CPMF
Por 44 votos contra 15, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara aprovou nesta quarta-feira a admissibilidade da prorrogação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) até 2011. O texto aprovado inclui sete propostas, entre elas a partilha da contribuição com os Estados e com o Distrito Federal. A alíquota de 0,38% foi mantida.
A comissão analisa somente a admissibilidade da proposta, ou seja, se a prorrogação é constitucional ou não. A análise do mérito do conteúdo da proposta vai ser apreciado na comissão especial da Câmara. Só depois a proposta é encaminhada ao plenário da Câmara e, depois, para o Senado.
Somente neste ano, a CPMF rendará mais de R$ 35 bilhões à União. A oposição tentou derrubar essa prorrogação.
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