CPI da Câmara convoca diretora da Anac

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Apagão Aéreo da Câmara dos Deputados decidiu nesta quarta-feira (15) convocar a diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Denise Abreu, para prestar depoimento. Após a votação da convocação da diretora da Anac, a sessão foi suspensa por falta de quórum e será retomada somente nesta quinta-feira às 9h.

O depoimento da diretora da Anac ficou marcada, a princípio, para esta quinta-feira, a partir das 15h. Entretanto, como ela será ouvida também amanhã pela CPI do Apagão Aéreo do Senado Federal, em sessão marcada para as 11h, o presidente da CPI da Câmara, deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), informou que ela terá a prerrogativa, se estiver "cansada", de remarcar a data.

O relator da CPI da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), informou, porém, que Denise Abreu conversou com ele por telefone neste último final de semana e se colocou à disposição para falar aos deputados.

Denise Abreu é alvo de denúncias do ex-presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira. Segundo ele, Denise Abreu teria teria tentado tirar o controle de cargas dos aeroportos de Congonhas e de Viracopos e transferí-lo para Ribeirão Preto com o objetivo de, supostamente, beneficiar o amigo e empresário Carlos Ernesto Campos, dono da empresa Terminais Aduaneiros do Brasil (Tead). Por conta da afirmação de Pereira, a diretora informou que irá processá-lo.

Autor do requerimento para convocar Denise Abreu, o deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR) argumentou que a presença da diretoria da Anac na CPI é necessária para esclarecer não somente as denúncias, mas também para falar sobre a regulação do setor aéreo. O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) também se disse favorável à convocação. "Não coloquei em pauta na última sessão esse pedido [quando estava como presidente interino da CPI] porque estava impedido pelo regulamento", afirmou.

Na sessão da CPI do Senado, marcada para esta quinta-feira às 11h, também serão ouvidos, além de Denise Abreu, Sérgio Galdenzi, atual presidente da Infraero, e o próprio José Carlos Pereira - autor das denúncias.