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Parentes de vítimas da TAM mostram cautela após ver Jobim
PORTO ALEGRE (Reuters) - Os familiares das vítimas do desastre aéreo com o Airbus da TAM saíram da reunião com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, misturando esperança e ceticismo. A maioria considerou positivo o encontro, realizado a portas fechadas na tarde desta terça-feira, em Porto Alegre. Mesmo acreditando nas promessas de empenho do ministro, porém, alguns ainda estão incrédulos.
"Demorou um mês para o governo se manifestar, mas o ministro demonstrou boa vontade", disse a jornalistas Roberto Gomes, irmão de uma das vítimas, uma das 130 pessoas que participou do encontro desta tarde.
Os familiares chegaram ao encontro sem demonstrar grande expectativa e preferiram afirmar que estavam ali para ouvir o que o governo teria a dizer. Na pauta, além da melhoria do sistema aéreo nacional, a tentativa de obter apoio das autoridades federais na liberação de informações sobre a apólice do seguro da aeronave cujo valor giraria em torno de 1,5 bilhão de dólares, dinheiro que estaria sendo reivindicado para o pagamento de indenizações.
"(A empresa) está tentando nos enrolar, dando esmolas. Queremos apoio do governo para abrir a 'caixa preta' da apólice", disse o advogado Oswaldo Matos, pai de uma das vítimas, que ficou confiante na ajuda do ministro.
"Senti que vai fazer (o que prometeu), caso contrário vai embora", disse Matos.
Apesar do clima de tranq¼ilidade, alguns familiares não esconderam a revolta com a oferta da TAM de pagar 30 mil reais a título de adiantamento de indenização.
"A TAM não pode ficar fazendo este joguinho. Temos que cuidar para que não fique apenas neste adiantamento", disse à Reuters Teresa Carneiro, mãe de uma vítima.
Como medidas concretas, Jobim nomeou um assessor para fazer o contato com os familiares, além de repassar informações que teriam sido fornecidas pela TAM pedindo que fossem confirmadas as providências anunciadas pela empresa. O ministro afirmou que participará de uma nova reunião com um grupo de familiares na próxima quinta-feira, em São Paulo.
O ministro também garantiu que avaliará o desempenho e as funções da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a partir da próxima semana. Segundo Jobim, as funções da agência devem ser examinadas "no conjunto de revisões" necessárias à aviação civil do país.
"Temos que analisar se a agência é compatível com o modelo de aviação civil do país", disse Jobim aos jornalistas.
"As promessas são muito boas, mas como estamos cheios de promessas que não se realizam temos que esperar. Só o tempo vai dizer", disse Teresa Carneiro.
O encontro foi promovido e organizado pelo próprio Ministério da Defesa e aconteceu a portas fechadas, na sede do governo estadual com a presença da governadora Yeda Crusius (PSDB). A entrada só foi permitida para convidados e os jornalistas foram mantidos à distância. Também do lado de fora, um grupo de cerca de 30 pessoas, vestindo camisa preta com os dizeres Luto Brasil, fizeram uma manifestação em apoio aos familiares e contra o governo.
"Demorou um mês para o governo se manifestar, mas o ministro demonstrou boa vontade", disse a jornalistas Roberto Gomes, irmão de uma das vítimas, uma das 130 pessoas que participou do encontro desta tarde.
Os familiares chegaram ao encontro sem demonstrar grande expectativa e preferiram afirmar que estavam ali para ouvir o que o governo teria a dizer. Na pauta, além da melhoria do sistema aéreo nacional, a tentativa de obter apoio das autoridades federais na liberação de informações sobre a apólice do seguro da aeronave cujo valor giraria em torno de 1,5 bilhão de dólares, dinheiro que estaria sendo reivindicado para o pagamento de indenizações.
"(A empresa) está tentando nos enrolar, dando esmolas. Queremos apoio do governo para abrir a 'caixa preta' da apólice", disse o advogado Oswaldo Matos, pai de uma das vítimas, que ficou confiante na ajuda do ministro.
"Senti que vai fazer (o que prometeu), caso contrário vai embora", disse Matos.
Apesar do clima de tranq¼ilidade, alguns familiares não esconderam a revolta com a oferta da TAM de pagar 30 mil reais a título de adiantamento de indenização.
"A TAM não pode ficar fazendo este joguinho. Temos que cuidar para que não fique apenas neste adiantamento", disse à Reuters Teresa Carneiro, mãe de uma vítima.
Como medidas concretas, Jobim nomeou um assessor para fazer o contato com os familiares, além de repassar informações que teriam sido fornecidas pela TAM pedindo que fossem confirmadas as providências anunciadas pela empresa. O ministro afirmou que participará de uma nova reunião com um grupo de familiares na próxima quinta-feira, em São Paulo.
O ministro também garantiu que avaliará o desempenho e as funções da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a partir da próxima semana. Segundo Jobim, as funções da agência devem ser examinadas "no conjunto de revisões" necessárias à aviação civil do país.
"Temos que analisar se a agência é compatível com o modelo de aviação civil do país", disse Jobim aos jornalistas.
"As promessas são muito boas, mas como estamos cheios de promessas que não se realizam temos que esperar. Só o tempo vai dizer", disse Teresa Carneiro.
O encontro foi promovido e organizado pelo próprio Ministério da Defesa e aconteceu a portas fechadas, na sede do governo estadual com a presença da governadora Yeda Crusius (PSDB). A entrada só foi permitida para convidados e os jornalistas foram mantidos à distância. Também do lado de fora, um grupo de cerca de 30 pessoas, vestindo camisa preta com os dizeres Luto Brasil, fizeram uma manifestação em apoio aos familiares e contra o governo.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/211750/visualizar/
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