IGP-10 registra alta de 0,64% em agosto, informa FGV
O IGP-10 (Índice Geral de Preços 10) registrou alta de 0,64% em agosto, elevação expressiva em relação ao apurado em julho --alta de 0,22%, informou nesta terça-feira a FGV (Fundação Getúlio Vargas).
O IGP-10 é calculado com base nos preços coletados entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.
O IPA (Índice de Preços por Atacado) teve alta de 0,83% neste mês (em julho, a variação foi de 0,10%).
Os Bens Finais tiveram queda de 0,18% em agosto, contra alta de 0,14% em julho. Contribuiu para a desaceleração o subgrupo alimentos "in natura", que teve desaceleração de 3,27% para -2,89% Excluídos alimentos "in natura" e combustíveis, a alta foi de 0,55% --abaixo do 0,62% registrado em julho.
O índice do grupo Bens Intermediários subiu 0,39%, contra 0,09% no mês passado, puxado pela alta de combustíveis e lubrificantes para a produção (de 0,08% em julho para 1,32% neste mês). Excluídos esses itens, a alta foi de 0,13% (contra 0,14% de julho).
O índice de Matérias-Primas Brutas subiu 3,01% neste mês (contra 0,42%, em julho). A taxa do índice de matérias-primas brutas agropecuárias avançou de 0,56% para 3,52%, com destaque para laranja (-17,73% para 6,37%), bovinos (3,56% para 7,15%) e mandioca (-5,80% para 14,14%). Na contramão ficaram soja em grão (2,79% para 1,43%), café em grão (1,45% para -0,15%) e fumo em folha (-0,41% para -0,83%).
O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) teve alta de 0,28% em agosto, ante 0,40% em julho. Contribuíram para o recuo os grupos Vestuário (0,88% para 0,75%), Habitação (0,07% para 0,22%) e Transportes (-0,35% para 0,36%). Nestas classes de despesa, os destaques foram: roupas (0,56% para 1,39%), tarifa de eletricidade residencial (-0,91% para 3,43%) e gasolina (-0,39% para 0,95%), respectivamente.
Em alta ficaram os grupos Alimentação (1,05% para 1,22%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,29% para 0,34%) e Despesas Diversas (0,43% para 0,52%), com destaque para hortaliças e legumes (-4,58% para 3,55%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,43% para 0,54%) e cigarro (1,12% para 1,39%).
O grupo Educação, Leitura e Recreação repetiu a taxa registrada na apuração do mês de julho, de 0,53%. Subiram as taxas dos subgrupos educação (0,11% para 0,28%) e leitura (0,15% para 0,43%), enquanto reduziu-se a do subgrupo recreação (1,70% para 1,20%).
O INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) subiu 0,29% em agosto, abaixo do resultado do mês anterior (0,56%). A maior contribuição para o recuo veio do grupo Mão-de-Obra, (de 0,75% em julho para 0,24% neste mês).
A desaceleração ocorreu devido ao menor impacto dos reajustes salariais em Goiânia, Florianópolis e São Paulo. Ao mesmo tempo, começaram a ser captadas elevações nas cidades de Curitiba e Porto Alegre.
O grupo Serviços também teve recuo (de 1,09% em julho para 0,68% em agosto). O índice relativo a Materiais avançou de 0,25% para 0,28%.
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