Polícia liberta empresário seqüestrado há 22 dias em SP
O empresário Anderson Araújo Lisboa, de 40 anos, do setor da construção civil, estava em um cativeiro montado em uma chácara, na periferia daquele município. Ele foi levado para o local na manhã do dia 23 de julho, após ser seqüestrado quando vistoriava uma obra na região do Parque do Carmo, zona leste da capital paulista.
A quadrilha, composta por pelo menos dez homens, é de Poá e já vinha sendo investigada pelos homens da DAS por outros dois seqüestros. Os agentes acompanharam desde o início as negociações entre os bandidos e a família do empresário, que atua no ramo de construção civil.
Antes que houvesse um acerto para pagamento de resgate, os policiais conseguiram localizar o cativeiro e armaram uma megaoperação. Nesta madrugada, entre 20 e 30 homens foram até a chácara usada como cativeiro, onde foram recebidos a tiros pelos seqüestradores. No tiroteio, dois bandidos foram baleados e morreram; um dos comparsas foi preso e outro que estava no local conseguiu fugir.
Tortura psicológica
O empresário não estava amarrado, mas contou que permanecia vendado durante o dia. Ele não tomou banho nos 22 dias em que durou o seqüestro, mas recebia alimentação três vezes ao dia. Apesar de não ter sido agredido fisicamente, a tortura psicológica foi grande, segundo a vítima. "Fisicamente não fui agredido, mas, moralmente sim. Diziam que iam me matar a toda hora e que meu irmão não queria pagar. Fizeram pressão psicológica para que eu chorasse na gravação que eles iam mandar para a minha família", disse o empresário.
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