Bienal mostrará que sustentabilidade é a saída para o agronegócio
O evento é uma promoção da Federação da Agricultura de Mato Grosso (Famato), do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MT), das associações dos produtores de algodão (Ampa) e de soja (Aprosoja) e tem o apoio do Governo do Estado. A escolha do tema se baseou na necessidade de buscar diretrizes para um agronegócio, gerador de riqueza e distribuidor de renda, de forma duradoura, com bases econômica, social e ambientalmente sustentáveis.
Um dos grandes desafios do setor tem sido garantir a manutenção do homem na atividade agrícola, garantindo renda e qualidade de vida. Para isso, além da competitividade, investimento em gestão e inovações tecnológicas, é necessário conhecer as tendências do mercado, em especial a preferência dos consumidores, que, cada vez mais informado, se interessam não apenas pelo produto em si, como também pela sua origem.
Isto é, querem saber quem produz, como produz e quais impactos gerados nessa produção. Embora Mato Grosso seja a maior fronteira agrícola brasileira – responsável por 20% da produção nacional de grãos e fibras -, consegue provar ser possível superar a dicotomia entre desenvolvimento e preservação ambiental, mantendo intocados 64% de sua vegetação primária.
São sete milhões de hectares utilizados na agricultura (6,5% do território mato-grossense), onde são produzidos 54% do algodão brasileiro e cerca de 30% da soja colhida no País. “Os números ajudam a provar que em Mato Grosso a tecnologia é aliada da produtividade.
Com investimento em pesquisa, tem-se evitado a abertura de novas áreas, Em 10 anos, enquanto a área plantada cresceu cerca de 160%, a produção das principais culturas aumentou 220%. Por outro lado, as queimadas e o desmatamento sofreram uma redução de 40% nos últimos dois anos”, comenta Ricardo Arioli, coordenador da Bienal.
Ele explica que a programação da Bienal fará uma ampla abordagem de questões como mercado, identificação de cenários (atuais e futuros), riscos e oportunidades de negócios, sempre com ênfase na identificação das preferências dos consumidores, principais personagens do agronegócio globalizado.
Estão programadas palestras, sessões de novidades para o setor, eventos paralelos e, ainda, o Espaço do Relacionamento, com a presença de um seleto grupo de empresas que, além de participarem como expositoras, falarão diretamente com o público sobre seus produtos e serviços.
Além de debater a melhoria da competitividade, a superação do endividamento e da logística, com propostas de mudanças comportamentais e gerenciais, a Bienal vai tratar ainda da organização das cadeias produtivas e apresentar sugestões de entidades ligadas ao setor. Para isso, foram convidados representantes do agronegócio nacional e internacional, ONGs, bancos e empresários.
A previsão é que cerca de mil pessoas participem diariamente dos debates – público formado majoritariamente por produtores, técnicos e líderes empresariais.
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