Promotoria processa gigantes da indústria de cigarro
"O principal ponto da ação brasileira, ajuizada na segunda-feira da semana passada, é o pedido para que as empresas recompensem municípios, Estados, União e Distrito Federal pelos gastos no tratamento de doenças causadas ou agravadas pelo cigarro, referentes a um período a ser definido no julgamento da causa", afirma a reportagem.
Os valores seriam estipulados pelo juiz, mas podem resultar em uma ação bilionária. Em um processo semelhante nos Estados Unidos, quatro empresas se comprometeram, em 1998, a compensar os cofres públicos em cerca de US$ 200 bilhões ao longo de 25 anos.
Em outro item da ação, a Promotoria pede indenização para fumantes (ativos e passivos) por danos morais e materiais sofridos pelo consumo do cigarro. De acordo com a Folha, "se o juiz acatar a decisão nos termos do processo, qualquer consumidor poderá entrar com uma ação individual na Justiça pedindo para ser incluído no montante pago pelas indústrias, desde que prove que o cigarro lhe causou danos".
A Souza Cruz possui seis das dez marcas de cigarro mais vendidas do país, entre elas Derby, Hollywood, Free e Carlton. Entre 2003 e 2006, sua receita bruta saltou de R$ 6,8 bilhões para R$ 8,7 bilhões. Paralelamente, os impostos pagos passaram de R$ 3,6 bilhões para R$ 4,6 bilhões. A Philip Morris não informou seus ganhos no Brasil.
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