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Saúde
Segunda - 13 de Agosto de 2007 às 08:19

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O avanço da medicina conseguiu salvar a vida de Julia, que nasceu neste sábado (11). Quando a gestação de Andrea estava no sexto mês, ela e o marido Ney receberam a notícia de que o bebê sofria de hipoplasia de câmaras esquerdas, uma doença grave, que é a má formação do lado esquerdo do coração.

Após ver uma reportagem em um telejornal, o casal, que mora no Rio de Janeiro, foi para São Paulo procurar o médico Renato Assad. Julia é o terceiro filho do casal.

Na doença, o lado esquerdo do músculo cardíaco atrofia. Depois do nascimento, o fluxo de sangue fica comprometido, e a criança pode até sofrer um enfarte.

Quando o feto tinha 33 semanas de vida, a equipe de Assad se uniu para um desafio raro na medicina brasileira: aplicar a anestesia através do cordão umbilical e operar o pequeno coração, dentro da barriga materna.

Os médicos introduziram uma agulha através do abdome da mãe e chegaram até o ponto da atrofia.

A cirurgia foi feita para garantir que o bebê agüentasse bem as primeiras horas de vida longe do útero materno.

Júlia nasceu com 3,60 kg e o pulmão está trabalhando perfeitamente. A primeira cirurgia pré-natal foi um sucesso. Segundo Renato Assad, a primeira pós-natal será realizada no quarto dia de vida, e as outras no quinto mês e no segundo ano de vida.

“Esse milagre é divino, e eu acabei de ganhar um presente no Dia dos Pais que é minha filha”, diz Ney, emocionado.





Fonte: G1

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