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Internacional
Domingo - 12 de Agosto de 2007 às 17:00

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BAGDÁ (Reuters) - O primeiro-ministro iraquiano Nuri al-Maliki afirmou neste domingo que a cúpula de líderes prevista há muito tempo pode começar nos próximos dois dias para resolver o impasse político do país.

Maliki, cujo governo de "união nacional" está em crise desde a saída do principal bloco sunita, disse que poderia atraí-los de volta ou encontrar outro grupo para substituí-los.

"Precisamos buscar soluções para os problemas que enfrentamos. Eu chamei os líderes políticos para um encontro no qual discutiremos as principais questões do processo político", disse Maliki. "A primeira reunião pode acontecer amanhã ou depois de amanhã."

Membros do governo norte-americano consideram o encontro um momento decisivo para o governo, que foi formado em 2006 com todos os grupos para reduzir a violência, mas foi paralisado por boicotes e pelas disputas étnicas e sectárias.

A pior divisão ocorreu neste mês, quanto o principal bloco sunita, a Frente de Acordo, retirou seus seis membros do governo.

"Os sunitas, que junto com os xiitas e os curdos são parte da sociedade iraquiana, não serão excluídos do governo", disse Maliki. O primeiro-ministro disse esperar que a Frente retorne ao governo.

Ele também afirmou, porém, que pode substituí-los por outros sunitas --possivelmente xeques tribais que emergiram no último ano como uma força poderosa nas áreas sunitas da vasta província desértica de Anbar, a oeste de Bagdá.

Os xeques, que juntaram o primeiro grande grupo armado a apoiar o governo xiita de Maliki e seu aliado norte-americano, tomaram o controle de áreas previamente controladas por insurgentes e parecem ter ambições políticas nacionais.

Membros do governo norte-americano já expressaram frustração com o processo político estacionado em Bagdá.

Praticamente metade do gabinete não participa mais de suas reuniões. Além dos sunitas, os apoiadores do clérigo xiita Moqtada al-Sadr também deixaram o governo. O bloco secularista do ex-premiê interino Iyad Allawi também boicota as reuniões do gabinete.





Fonte: Reuters

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