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Egito lança campanha contra mutilação genital depois de morte de menina
As autoridades do Egito decidiram lançar uma nova campanha contra a mutilação genital feminina após a morte de uma menina quando era submetida a essa intervenção e que foi a primeira vítima anunciada depois de o governo proibir em junho essa prática.
O jornal oficial "Al-Ahram" informou, neste domingo (12), que o Ministério da Saúde egípcio criará um comitê nacional para lutar contra essa prática, que data dos tempos faraônicos, e tentar reduzi-la em 20% durante os próximos dois anos.
O ministério dedicou 9 milhões de libras a esse plano e decidiu elaborar um projeto de lei para punir os médicos que realizam esse tipo de cirurgia.
Além desta campanha, continuarão os programas de advertência contra os perigos das operações de mutilação genital que são realizados por várias ONGs e dirigentes religiosos muçulmanos e cristãos.
Segundo o jornal, a morte da menina, cuja data não foi divulgada, aconteceu por causa de uma dose alta demais de anestesia na operação, devido à ausência de um médico especialista.
A menina, identificada como Karima Rehim Said, é originária do povoado de Abu Hamar, no noroeste do delta do Nilo.
'Grande médico'
As investigações sobre o falecimento de Said revelaram que o responsável pela morte da menina era conhecido no povoado como "o grande médico da ablação" (remoção de parte do corpo; no caso, o clitóris).
Segundo o jornal, o médico tinha praticado outras quatro remoções de clitóris nas últimas três semanas.
O governo egípcio proibiu definitivamente a prática depois que em junho passado outra menina de doze anos morreu durante uma operação de mutilação genital.
Calcula-se que cerca de 90% das egípcias em idade fértil sofreram esta mutilação, embora as campanhas governamentais dos últimos dez anos tenham conseguido reduzir esta porcentagem consideravelmente.
A prática é comum nos países ribeirinhos do Nilo que tanto o Islã como o Cristianismo aceitaram durante séculos como meio de controle sexual e social.
O jornal oficial "Al-Ahram" informou, neste domingo (12), que o Ministério da Saúde egípcio criará um comitê nacional para lutar contra essa prática, que data dos tempos faraônicos, e tentar reduzi-la em 20% durante os próximos dois anos.
O ministério dedicou 9 milhões de libras a esse plano e decidiu elaborar um projeto de lei para punir os médicos que realizam esse tipo de cirurgia.
Além desta campanha, continuarão os programas de advertência contra os perigos das operações de mutilação genital que são realizados por várias ONGs e dirigentes religiosos muçulmanos e cristãos.
Segundo o jornal, a morte da menina, cuja data não foi divulgada, aconteceu por causa de uma dose alta demais de anestesia na operação, devido à ausência de um médico especialista.
A menina, identificada como Karima Rehim Said, é originária do povoado de Abu Hamar, no noroeste do delta do Nilo.
'Grande médico'
As investigações sobre o falecimento de Said revelaram que o responsável pela morte da menina era conhecido no povoado como "o grande médico da ablação" (remoção de parte do corpo; no caso, o clitóris).
Segundo o jornal, o médico tinha praticado outras quatro remoções de clitóris nas últimas três semanas.
O governo egípcio proibiu definitivamente a prática depois que em junho passado outra menina de doze anos morreu durante uma operação de mutilação genital.
Calcula-se que cerca de 90% das egípcias em idade fértil sofreram esta mutilação, embora as campanhas governamentais dos últimos dez anos tenham conseguido reduzir esta porcentagem consideravelmente.
A prática é comum nos países ribeirinhos do Nilo que tanto o Islã como o Cristianismo aceitaram durante séculos como meio de controle sexual e social.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/212188/visualizar/
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