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Economia
Domingo - 12 de Agosto de 2007 às 09:40

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A produção da safra 2006/07 em Mato Grosso será de 3,9 milhões de fardos de algodão em pluma. Desse total, cerca de 70% - 2,6 milhões de fardos – serão colocados para comercialização no mercado nacional e internacional com o Selo de Certificação Social criado pelo Instituto Algodão Social (IAS).

Mecanismo pioneiro de certificação na agricultura brasileira, o selo atesta a origem e o sistema de produção nas lavouras de algodão em Mato Grosso, desenvolvido sem utilização de trabalho forçado, indigno e degradante ou mão de obra infantil. Nesta segunda-feira, 13, o selo será apresentado no VI Congresso Brasileiro do Algodão (CBA), em Uberlândia (MG).

Esta será a 4ª apresentação do IAS e do sistema de certificação adotado pelos produtores mato-grossenses em evento de porte nacional. A primeira ocorreu no Clube da Fibra, em 2005. Em julho próximo passado, a iniciativa foi apresentada em São Paulo - para diretores e executivos da Associação Brasileira de Indústria Têxtil e da Confecção – ABIT e da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão – ANEA, instituições oficiais que representam o mercado nacional e internacional consumidor da matéria-prima e apóiam a iniciativas do Instituto, desde sua criação há dois anos. No mesmo mês, foi apresentada também em Salvador na edição 2007 do Clube da Fibra – para os maiores produtores brasileiros de algodão.

A apresentação do Selo Algodão Social será feita pelo Diretor Executivo do IAS, Félix Balaniuc. Além do selo mato-grossense, a programação técnica do CBA - evento mais importante do setor algodoeiro no país - registra a participação de 450 trabalhos científicos, liderados por palestrantes brasileiros e estrangeiros que são as maiores autoridades em comercialização, pesquisas, indústrias e cadeia produtiva do algodão.

Balaniuc antecipa que o próximo passo na certificação do algodão mato-grossense é a transformação do selo em sócio-ambiental. A implantação será iniciada na próxima safra (2007/2008), com os processos de vistorias, propostas de adequações e check-list de verificação. A utilização efetiva do selo está prevista para a safra 2008/2009.

Presidente do IAS, José Pupin defende que o produtor rural quer fazer o melhor. “Faltava orientação e é isso que o IAS está fazendo”, afirma. Pupin explica que o primeiro passo na implantação do processo foi a orientação aos produtores de algodão. Numa segunda etapa, os trabalhos de esclarecimento, educação e treinamento foram dirigidos aos trabalhadores que também precisaram se adaptar à nova realidade, em conformidade com as leis trabalhistas brasileiras, de manuseio de agrotóxicos e uso de equipamentos de proteção, entre outras destinadas ao meio rural. A conquista do apoio da ABIT e ANEA foi o terceiro passo na consolidação do projeto que prevê na próxima safra, a participação da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

Para adequação às normas do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), as fazendas de Mato Grosso fizeram investimentos superiores a R$ 16 milhões. O IAS investiu outros R$ 2 milhões para viabilizar estrutura gerencial e de campo com 4 equipes constituídas por 1 técnico em RH e outro especializado na área de segurança do trabalho.”Legislação foi feita para ser cumprida. Com as orientações do IAS, podemos afirmar que as condições de trabalho nas fazendas produtoras de algodão de Mato Grosso são excelentes”, argumenta José Pupin. “Definidas as limitações, fomos proativos, investimos e trabalhamos para ser referencial na agricultura brasileira, tanto na produtividade quanto na questão social”, conclui.





Fonte: Midia News

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