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Sexta - 03 de Maio de 2013 às 08:56
Por: DÉBORA SIQUEIRA

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Mary Juruna/MidiaNews
Amarelinhos reclamam que o prefeito Mauro Mendes nunca esteve aberto ao diálogo
Amarelinhos reclamam que o prefeito Mauro Mendes nunca esteve aberto ao diálogo
O desembargador Guiomar Teodoro Borges considerou ilegal e abusiva a greve dos agentes municipais de trânsito de Cuiabá, os amarelinhos, e que a proposta apresentada pelo município à categoria se não desejável, era razoável, visto que o próprio Tribunal de Justiça reajustou em 6,20% o salário dos seus servidores. 

 
 
A decisão foi proferida no dia 26 de abril, dia em que os agentes decidiram encerrar a greve, mas a Prefeitura de Cuiabá foi notificada da decisão do magistrado nesta quinta-feira (2).

 
 
Se ainda estivesse em greve, o Sindicato dos Agentes de Trânsito e Transportes de Cuiabá (Sinattracc) estaria sujeito à multa diária de R$10 mil e obrigado a manter 80% do pessoal trabalhando. Entretanto, durante a greve, apenas 20% do efetivo continuaram na ativa.

 
 
Os agentes alegaram, como justificativa ao movimento paredista, a recusa do município em prosseguir com as negociações, descumprimento de acordo celebrado com o Secretário Municipal de Trânsito e Transportes (SMTU), não apresentação do projeto de lei que regulamentará a atividade, o congelamento de salários, a busca pela melhoria nas gratificações e na forma de cálculo destas. 

 
 
Já a prefeitura destacou que os agentes interromperam as negociações e apresentaram informações distorcidas à mídia, prejudicando a população.

 
 
Reajuste

 
 
Os amarelinhos defendem um aumento de 344%. Pelo anteprojeto dos trabalhadores, há reajuste do vencimento base da categoria, auxílio locomoção, fazendo com que os salários saiam de R$ 901 para R$3.102,70. 

 
 
Por sua vez, a prefeitura apontou que da forma como proposto pelo sindicato, o cálculo da gratificação de produtividade fere o princípio da equidade salarial e apresentou um anteprojeto de lei para regulamentar a gratificação, fixando-lhe um teto máximo R$2 mil e estabelecendo a sua forma de cálculo, baseado na produtividade do agente.

 
 
O desembargador também colocou em seu despacho que o movimento paredista, tal só se mostra compreensível se a reivindicação revela-se razoável se posta em confronto com o interesse de categorias outras, desenvolvimento das carreiras e, sempre, sob a perspectiva da reserva do possível.

 
 
“Não se pode perder a perspectiva de que a conta, nesse caso, é paga com a solidariedade do contribuinte que, com os impostos que recolhe, não raro a duras penas, procura realizar o bem estar coletivo”. 

 
 
De acordo com o procurador-geral de Cuiabá, Rogério Gallo, em nenhum momento a administração municipal se negou a conversar com os agentes, estando sempre aberta ao diálogo e a ouvir as reivindicações da categoria.

 
 
Embora tenham voltado ao trabalho, até hoje os representantes dos amarelinhos não se reuniram com o prefeito Mauro Mendes. Não há nenhuma agenda marcada.





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