Repórter News - reporternews.com.br
Uruguai investiga possíveis propriedades de Abadia no país
A Justiça do Uruguai autorizou a polícia do país a realizar buscas em dois escritórios jurídicos de Montevidéu, após surgirem pistas para identificar os eventuais negócios do narcotraficante colombiano Juan Carlos Ramirez Abadia, o Chupeta, que foi preso em São Paulo na terça-feira (7). Ele é um dos traficantes mais procurados do mundo.
As buscas foram realizadas na sexta-feira (10) em dois escritórios de advocacia de Montevidéu, após o detido ter afirmado que pensava em se radicar no Uruguai, país no qual havia comprado propriedades no centro turístico de Punta del Este.
O Juiz Pedro Salazar, após autorizar as buscas, congelou duas contas no estatal Banco da República do Uruguai. Fontes da polícia afirmaram que as contas bancárias estavam no nome dos brasileiros André Telles Barcelos e Elaine Barcelos e da colombiana Milareth Torres Losano, cujo verdadeiro nome é Jessica Hojas, mulher de Ramirez Abadia. Os três foram detidos junto com Chupeta.
No entanto, a imprensa foi informada de que uma série de documentos bancários estão sendo analisados e que teriam ligações com duas sociedades anônimas, que seriam de propriedade do grupo investigado.
Segundo o jornal "El Observador", de Montevidéu, o fato de Chupeta pensar em morar no Uruguai levanta suspeitas de que o traficante já teria comprado propriedades. A publicação acrescenta que, por enquanto, é difícil provar as posses imobiliárias de Ramirez Abadia, pois no registro de cadastro, a titularidade do bem só pode ser verificada pelo número do censo e não pelo nome do dono.
Transferência
Abadia chegou a Campo Grande (MS) neste sábado (11) escoltado por 36 agentes do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e Polícia Federal e algemado nas mãos e nos pés. Ele foi levado para o presídio federal, onde também está detido o traficante Fernandinho Beira-Mar. Ele deve permanecer no local até a extradição para os Estados Unidos, onde responde a processo que tramita no distrito oeste de Nova York.
Abadia saiu da sede da Polícia Federal (PF), na Zona Oeste de São Paulo, na tarde deste sábado (11). Por volta de 16h40, ele embarcou no avião da Polícia Federal, no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo. O avião decolou às 17h.
A Vara de Execução Penal Federal de MS autorizou na sexta-feira (10) a transferência do traficante para aquele presídio, onde está preso o também traficante Fernandinho Beira-Mar.
O pedido de transferência foi feito à Justiça pela Polícia Federal de São Paulo. Os motivos alegados foram questões de segurança e que a sede da PF, na Zona Oeste, é apenas um local de passagem e não pode abrigar presos durante muito tempo.
A Justiça de São Paulo formalizou o pedido de transferência ao juiz Odilon de Oliveira, de Campo Grande. Ele passou a solicitação ao Ministério Público Federal do estado, que considerou que a transferência preenchia todos os requisitos necessários. Com o parecer do MPF em mãos, o juiz autorizou a ida de Abadia para o Mato Grosso do Sul.
A prisão
Abadia foi preso no dia 7 na mansão dele, avaliada em R$ 2 milhões, na Aldeia da Serra, na Grande São Paulo, durante a Operação Farrapos. No dia 8, o Supremo Tribunal Federal (STF) já havia autorizado o decreto de prisão com fins de extradição. Ele é acusado de mandar matar 15 pessoas nos Estados Unidos e outras 300 na Colômbia.
O colombiano envolveu-se com o tráfico de drogas em 1986 e hoje é o líder do cartel de drogas no Vale Norte da Colômbia. Em 1996 ele foi preso e cumpriu quatro anos e três meses de detenção pelo envio de 30 toneladas de cocaína para os Estados Unidos.
Abadia comandava uma organização criminosa que revendia cocaína na Europa e nos Estados Unidos. O dinheiro angariado na venda era retirado dos EUA por meio do México e de lá, transferido para o Uruguai, país de ramificação com as empresas laranjas do colombiano no Brasil. As empresas de exportação, embarcações e imóveis faziam negócios no Uruguai, tornando lícito o dinheiro da droga.
O colombiano confessou à Polícia que trouxe US$ 16 milhões para viver com conforto no Brasil. Em sua residência na Grande São Paulo, foram encontrados US$ 544 mil, 250 mil euros e R$ 55 mil, que estavam em cofres e em compartimentos sigilosos, como caixas de som. Além de dinheiro, havia jóias e relógios de grife.
As buscas foram realizadas na sexta-feira (10) em dois escritórios de advocacia de Montevidéu, após o detido ter afirmado que pensava em se radicar no Uruguai, país no qual havia comprado propriedades no centro turístico de Punta del Este.
O Juiz Pedro Salazar, após autorizar as buscas, congelou duas contas no estatal Banco da República do Uruguai. Fontes da polícia afirmaram que as contas bancárias estavam no nome dos brasileiros André Telles Barcelos e Elaine Barcelos e da colombiana Milareth Torres Losano, cujo verdadeiro nome é Jessica Hojas, mulher de Ramirez Abadia. Os três foram detidos junto com Chupeta.
No entanto, a imprensa foi informada de que uma série de documentos bancários estão sendo analisados e que teriam ligações com duas sociedades anônimas, que seriam de propriedade do grupo investigado.
Segundo o jornal "El Observador", de Montevidéu, o fato de Chupeta pensar em morar no Uruguai levanta suspeitas de que o traficante já teria comprado propriedades. A publicação acrescenta que, por enquanto, é difícil provar as posses imobiliárias de Ramirez Abadia, pois no registro de cadastro, a titularidade do bem só pode ser verificada pelo número do censo e não pelo nome do dono.
Transferência
Abadia chegou a Campo Grande (MS) neste sábado (11) escoltado por 36 agentes do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e Polícia Federal e algemado nas mãos e nos pés. Ele foi levado para o presídio federal, onde também está detido o traficante Fernandinho Beira-Mar. Ele deve permanecer no local até a extradição para os Estados Unidos, onde responde a processo que tramita no distrito oeste de Nova York.
Abadia saiu da sede da Polícia Federal (PF), na Zona Oeste de São Paulo, na tarde deste sábado (11). Por volta de 16h40, ele embarcou no avião da Polícia Federal, no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo. O avião decolou às 17h.
A Vara de Execução Penal Federal de MS autorizou na sexta-feira (10) a transferência do traficante para aquele presídio, onde está preso o também traficante Fernandinho Beira-Mar.
O pedido de transferência foi feito à Justiça pela Polícia Federal de São Paulo. Os motivos alegados foram questões de segurança e que a sede da PF, na Zona Oeste, é apenas um local de passagem e não pode abrigar presos durante muito tempo.
A Justiça de São Paulo formalizou o pedido de transferência ao juiz Odilon de Oliveira, de Campo Grande. Ele passou a solicitação ao Ministério Público Federal do estado, que considerou que a transferência preenchia todos os requisitos necessários. Com o parecer do MPF em mãos, o juiz autorizou a ida de Abadia para o Mato Grosso do Sul.
A prisão
Abadia foi preso no dia 7 na mansão dele, avaliada em R$ 2 milhões, na Aldeia da Serra, na Grande São Paulo, durante a Operação Farrapos. No dia 8, o Supremo Tribunal Federal (STF) já havia autorizado o decreto de prisão com fins de extradição. Ele é acusado de mandar matar 15 pessoas nos Estados Unidos e outras 300 na Colômbia.
O colombiano envolveu-se com o tráfico de drogas em 1986 e hoje é o líder do cartel de drogas no Vale Norte da Colômbia. Em 1996 ele foi preso e cumpriu quatro anos e três meses de detenção pelo envio de 30 toneladas de cocaína para os Estados Unidos.
Abadia comandava uma organização criminosa que revendia cocaína na Europa e nos Estados Unidos. O dinheiro angariado na venda era retirado dos EUA por meio do México e de lá, transferido para o Uruguai, país de ramificação com as empresas laranjas do colombiano no Brasil. As empresas de exportação, embarcações e imóveis faziam negócios no Uruguai, tornando lícito o dinheiro da droga.
O colombiano confessou à Polícia que trouxe US$ 16 milhões para viver com conforto no Brasil. Em sua residência na Grande São Paulo, foram encontrados US$ 544 mil, 250 mil euros e R$ 55 mil, que estavam em cofres e em compartimentos sigilosos, como caixas de som. Além de dinheiro, havia jóias e relógios de grife.
Fonte:
G1
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/212252/visualizar/
Comentários