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Internacional
Sábado - 11 de Agosto de 2007 às 19:35

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La Paz, 11 ago (EFE).- A construção de uma nova estrada no norte do departamento (estado) de La Paz, na Bolívia, pode ocasionar graves danos a uma rota pré-colombina de grande valor ambiental e ecológico, denunciou hoje uma ONG do país.

Segundo a fundação para a conservação Trópico, as obras no trecho que une os povoados de Irupana, Chuñavi e Chulumani podem destruir tesouros arqueológicos de incalculável valor e ocasionar danos irreversíveis nos ecossistemas da rota pré-colombina.

A construção da nova estrada terá "impactos ambientais diretos", porque é preciso destruir elevados e pontes construídos há centenas de anos na rota conhecida como Yunga Cruz, explicou a diretora da fundação, Patricia Ergueta, à "Agência Boliviana de Informação" ("Abi", estatal).

Além disso, "serão invadidos setores de floresta ainda bem conservados, que ajudam a proteger a pouca quantidade de água existente na zona do Sul Yungas", acrescentou Ergueta.

Em toda essa região, situada ao norte do departamento andino de La Paz e que abriga caminhos pré-colombinos como o citado Yunga Cruz e Chunga Mayu, foram feitos valiosos achados arqueológicos como as ruínas de Pasto Grande.

Apesar das advertências da organização, a Prefeitura de La Paz afirmou que a construção do trecho já foi iniciada entre Irupana e Chuñavi, com financiamento do Governo municipal da primeira localidade.

Além disso, o projeto que autoriza as obras entre Chuñavi e Chulumani foi aprovado pela Câmara dos Deputados, embora a licença ambiental esteja sendo revisada no viceministério de Biodiversidade e Meio ambiente.

Segundo a agência "Abi", o secretário-geral da Prefeitura de La Paz, Alejandro Zapata, anunciou que a abertura da rota "é um fato", comentando que gerará benefícios e desenvolvimento para as províncias de Norte e Sul Yungas.

Zapata destacou, no entanto, que a intenção é gerar o menor impacto ambiental possível para preservar a rota Yunga Cruz.

Esse caminho pré-colombiano atravessa quatro ecossistemas diferentes, que vão desde os 1.800 até os 4.000 metros sobre o nível do mar.




Fonte: EFE

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