Publicidade
Repórter News - reporternews.com.br
Cidades/Geral
Sábado - 11 de Agosto de 2007 às 10:51
Por: Débora Siqueira

    Imprimir


Cerca de 300 sem-terra estão há 23 dias em frente a igreja Católica no centro de Cáceres, após a expulsão da Fazenda Rancho Verde, no mesmo município, onde as famílias moravam cerca de um ano e meio. A coordenadora do Movimento Sem-Terra (MST) em Cáceres, Elizabeth Lopes, disse que no desespero da saída do acampamento, uma idosa de 84 anos caiu e quebrou a perna e permaneceu cinco dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

"Estamos abandonados aqui, não há respeito conosco" - ela disse. A líder do movimento destaca que houve uma promessa do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em retirar as famílias na quarta-feira (15) para assentamentos em Curvelândia, Baixada Cuiabana e Cláudia.

Desde a data do despejo, os militantes sem-terra já ocuparam a prefeitura de Cáceres três vezes e cobram uma postura das autoridades públicas.

Elizabeth comenta que toda a plantação dos trabalhadores na fazenda foi destruída pelos policiais, durante o cumprimento da ordem de despejo. As famílias perderam tudo. "Nossa situação é humilhante" - admitiu.

Cerca de 40 pessoas acampadas em Cáceres são da região Norte de Mato Grosso, as outras são lavradores pertencentes ao município. Os sem-terra devem ir embora em caminhões e ônibus que o Incra deverá disponibilizar na próxima semana.

Um dos coordenadores estadual do MST, Dojival Francisco da Silva, informa que a alimentação dos acampados está chegando ao fim e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) já disponibilizou as cestas básicas. "Mas os funcionários do Incra alegam que não há como levar os mantimentos porque não há combustível para o deslocamento de Cuiabá para Cáceres".





Fonte: Jornal Oeste

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/212338/visualizar/