Após expulsão, 300 sem-terra dizem estar abandonados em Cáceres
"Estamos abandonados aqui, não há respeito conosco" - ela disse. A líder do movimento destaca que houve uma promessa do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em retirar as famílias na quarta-feira (15) para assentamentos em Curvelândia, Baixada Cuiabana e Cláudia.
Desde a data do despejo, os militantes sem-terra já ocuparam a prefeitura de Cáceres três vezes e cobram uma postura das autoridades públicas.
Elizabeth comenta que toda a plantação dos trabalhadores na fazenda foi destruída pelos policiais, durante o cumprimento da ordem de despejo. As famílias perderam tudo. "Nossa situação é humilhante" - admitiu.
Cerca de 40 pessoas acampadas em Cáceres são da região Norte de Mato Grosso, as outras são lavradores pertencentes ao município. Os sem-terra devem ir embora em caminhões e ônibus que o Incra deverá disponibilizar na próxima semana.
Um dos coordenadores estadual do MST, Dojival Francisco da Silva, informa que a alimentação dos acampados está chegando ao fim e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) já disponibilizou as cestas básicas. "Mas os funcionários do Incra alegam que não há como levar os mantimentos porque não há combustível para o deslocamento de Cuiabá para Cáceres".
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