FGV: setor de combustíveis puxou taxa maior do IGP-M
Ele considerou que, na passagem da primeira prévia do IGP-M de julho para igual prévia em agosto, houve acelerações de preços tanto nos produtos industriais quanto nos agrícolas (de 0,60% para 0,79%). Porém, o peso dos preços industriais na formação da inflação do atacado é três vezes maior do que os do agrícolas.
O economista explicou que o setor industrial foi fortemente influenciado por um fator específico: o fim da deflação nos preços dos combustíveis e lubrificantes no atacado (de -0,84% para 0,12%). Isso porque o preço do álcool etílico hidratado parou de cair (de -5,57% para 1,04%), no período, após três meses em deflação.
Álcool
Quadros explicou que o preço do álcool não registrava alta desde a primeira prévia do IGP-M de abril, quando preço do produto subiu 2,62%. Ele comentou que o produto estava sendo beneficiado pelo período de safra da cana-de-açúcar, que gerou oferta maior de cana no mercado interno, bem como de seus derivados.
Embora o período de safra de cana ainda não tenha acabado, o economista disse não acreditar em novas deflações nos preços do álcool, daqui por diante. Para ele, a elevação registrada na primeira prévia do IGP-M de agosto indica que a trajetória do preço do produto tomou outra direção. "Não devemos esperar novas reduções nos preços do álcool, como vimos no mês passado, por causa da safra da cana", afirmou ele.
Taxa maior
O IGP-M de agosto está caminhando para uma taxa maior do que a verificada em julho, quando o índice subiu 0,28%, na avaliação do coordenador de Análises Econômicas da FGV. Ele admitiu o fato ao comentar o resultado da primeira prévia do índice de agosto, anunciada hoje, e que subiu 0,27% - quase o resultado total do índice fechado do mês passado.
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