Para trabalhar de noite, motoristas usam cocaína no caminhão
A pesquisa foi realizada com 110 motoristas empregados de empresas transportadoras de cargas e 12 autônomos. Apenas 42% dos caminhoneiros admitem o uso, mesmo que raro, da cocaína. Dos 18 caminheiros que recusaram fazer a amostra da urina, 33% assumiram o uso de cocaína.
O uso do anfetaminas, os tradicionais rebites foram apontados na amostra de 8% dos entrevistados. Os caminhoneiros adquirem os estimulantes em diversos pontos da estrada, inclusive em postos de gasolina. A pesquisa aponta a ação aumenta a pressão arterial e relaxamento dos brônquios. Dirigir "rebitado" aumenta o estado de alerta, autoconfiança e sensação de força física e mental.
O inspetor da PRF, Alessandro Dorileo, diz que geralmente os caminheiros usam outra dose de anfetaminas antes de terminar o efeito. Mas esquecem que as chances de acontecerem acidentes são maiores. "O cansaço bate de tal forma, que os motoristas dormem ao volante. Muitos já morreram dessa forma".
Dados da PRF, de janeiro a julho, 111 pessoas morreram e 1,375 mil acidentes foram registrados na ocasião. Mas não há estatísticas de quantos destes acidentes envolveram caminhoneiros ou causados por eles. Nas estradas federais do Estado, há uma média de 10 mil veículos trafegando todos os dias, sete mil são caminhões. O trecho mais perigoso é o da BR-364 entre Rondonópolis e Diamantino.
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