Repórter News - reporternews.com.br
Nacional
Quinta - 09 de Agosto de 2007 às 13:10

    Imprimir


No ano em que a regulamentação do sindicalismo urbano completa 100 anos no Brasil, o economista Marcio Pochmann, professor do Instituto de Economia da Unicamp, faz uma análise da atividade sindical do período e constata: na América do Sul, o sindicalismo brasileiro representa um a cada dois trabalhadores filiados.

De acordo com o estudo, o Brasil passou por um crescimento no número de filiados nas décadas de 1960 e 1970, quando somou, em 1977, 5,1 milhões de sindicalizados do campo e 3,5 milhões de associados urbanos. A quantidade de sindicatos atingia 4,2 mil entidades.

Entre 1979 e 1989 a taxa de sindicalização foi crescente, chegando a atingir a quase um trabalhador a cada três ocupados em todo o país.

Já entre 1989 e 1999, a filiação dos trabalhadores caiu 42,5% e, segundo Pochmann, o novo sindicalismo foi perdendo a importância relativa que havia obtido na representação dos interesses do mundo do trabalho.

"Com a adoção de políticas neoliberais se tornou comum a convergência em torno da adoção de medidas de natureza anti-labor. Em geral, tratou-se de um conjunto de políticas mais favoráveis à estabilização monetária e à liberalização e flexibilização do trabalho, como tentativa de socializar os riscos de produção e estimular tanto o investimento privado e como o controle das finanças públicas", afirmou.

A partir da década de 2000, no entanto, o número de sindicalizados volta a crescer, principalmente puxado pelos trabalhadores rurais. Em 1998, os sindicalizados representavam 15,9% dos ocupados. em 2005, esse índice saltou para 18,4%.

O estudo também aponta que os trabalhadores terceirizados sindicalizados saltaram de 155 em 1993 para 148,5 mil em 2006. O número total de trabalhadores passou de 129,9 mil em 1993 para 467,8 mil em 2006.





Fonte: Folha Online

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/212688/visualizar/