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Metade dos trabalhadores sindicalizados da América do Sul estão no Brasil
De acordo com o estudo, o Brasil passou por um crescimento no número de filiados nas décadas de 1960 e 1970, quando somou, em 1977, 5,1 milhões de sindicalizados do campo e 3,5 milhões de associados urbanos. A quantidade de sindicatos atingia 4,2 mil entidades.
Entre 1979 e 1989 a taxa de sindicalização foi crescente, chegando a atingir a quase um trabalhador a cada três ocupados em todo o país.
Já entre 1989 e 1999, a filiação dos trabalhadores caiu 42,5% e, segundo Pochmann, o novo sindicalismo foi perdendo a importância relativa que havia obtido na representação dos interesses do mundo do trabalho.
"Com a adoção de políticas neoliberais se tornou comum a convergência em torno da adoção de medidas de natureza anti-labor. Em geral, tratou-se de um conjunto de políticas mais favoráveis à estabilização monetária e à liberalização e flexibilização do trabalho, como tentativa de socializar os riscos de produção e estimular tanto o investimento privado e como o controle das finanças públicas", afirmou.
A partir da década de 2000, no entanto, o número de sindicalizados volta a crescer, principalmente puxado pelos trabalhadores rurais. Em 1998, os sindicalizados representavam 15,9% dos ocupados. em 2005, esse índice saltou para 18,4%.
O estudo também aponta que os trabalhadores terceirizados sindicalizados saltaram de 155 em 1993 para 148,5 mil em 2006. O número total de trabalhadores passou de 129,9 mil em 1993 para 467,8 mil em 2006.
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