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Polícia Brasil
Quinta - 09 de Agosto de 2007 às 04:35
Por: Aldair Santos

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Nove pessoas já foram indiciadas por envolvimento no esquema de fraudes em benefícios do INSS. Até esta noite, sete pessoas foram ouvidas pela Polícia Federal (PF). Depois de interrogadas, elas passaram por uma nova perícia médica, foram reprovadas e tiveram o benefício cortado.

Todos foram indiciados por estelionato qualificado. Três delas confessaram o crime. Eles falaram para o delegado Eliomar da Silva Pereira que nunca fizeram exames para perícia. Foram ao escritório de Elizete Alves da Cruz apenas para pegar o processo pronto e receber os benefícios.

De acordo com as investigações, 16 pessoas conseguiram o auxílio doença de forma irregular. Na última segunda-feira (6), duas acusadas de participação no esquema foram presas. Elizete Alves da Cruz e a filha dela, Mahira da Cruz Pacheco são donas de um escritório que era usado para fraudar atestados médicos. Elas também foram indiciadas.

A polícia apura ainda o envolvimento de funcionários do INSS e de médicos nas fraudes. O delegado Eliomar da Silva Pereira informou que as investigações devem aumentar para um número ainda maior de benefícios fraudados.

Nesta quinta-feira a PF irá ouvir quatro supostos beneficiados com o esquema no interior do Estado.

Já na sexta-feira (10) serão ouvidos outros quatro suspeitos de envolvimento de outros estados.

O médico Ubiratan de Magalhães Barbalho, acusado de fornecer os atestados falsos para o esquema deverá ser ouvido também na sexta-feira (10). Em entrevista esta semana o médico disse que desconhecia qualquer esquema e afirmou que sempre agiu de forma correta, realizando todas as perícias de acordo com a legislação.

A Operação Previlíder

Na segunda-feira (6) a PF desencadeou em Cuiabá a ‘Operação Previlíder’. Duas mulheres foram presas por formação de quadrilha e estelionato contra a Previdência Social. De acordo com a PF, Elizete Alves da Cruz e a filha dela, Mahyra Alves da Cruz Pacheco, seriam proprietárias de uma empresa clandestina que apresentava atestados falsos para conseguir a concessão do benefício de auxílio doença e aposentadoria por invalidez, junto às agências do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS).

Durante a operação a polícia identificou 28 benefícios falsos, totalizando um prejuízo financeiro de R$ 234 mil. Foram cumpridos oito mandados de buscas e apreensões em escritórios e residências da capital.

O esquema teria a participação de um médico do setor privado. Ele seria responsável pelo fornecimento dos atestados falsos, e outra pessoa, Elivânia Lima Torres, fazia o aliciamento de interessados nos serviços da empresa.

Segundo a polícia o grupo teria outros aliciadores no interior dos estado de Mato Grosso (MT) e Goiás (GO). A polícia suspeita do envolvimento de servidores do INSS.

A operação foi batizada de Previlider porque é o nome do escritório onde os acusados armavam todo o esquema. A investigação vinha sendo realizada há quatro meses pela PF e identificou que os pretensos segurados eram orientados a contribuírem para a Previdência por um período de quatro meses e com valores altos, comprovando assim a qualidade de segurado. Os fraudadores entravam com os atestados e relatórios médicos falsos, de acordo com as investigações.





Fonte: Redação TVCA

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