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Nacional
Quarta - 08 de Agosto de 2007 às 20:32

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BELO HORIZONTE - Mães do Movimento "Onde estão nossas crianças?" organizaram nesta quarta-feira, 8, um encontro na Praça Professor Alberto Deodato, no centro de Belo Horizonte. No dia, completou um ano que o menino Pedro Augusto Santos P. Beltrão, na época com 11 anos, desapareceu na capital mineira, quando saiu de casa no meio da tarde para comprar caixa de lápis de cor.

A mãe do garoto, Cléa Santos, disse que organizou o evento para reunir mais familiares e mobilizar a população. De acordo com ela, o local foi visitado por um grande número de pessoas que apóiam a causa e por cerca de 15 outras mães de filhos desaparecidos. Juntas, elas pretendem organizar um manifesto com suas reivindicações que deverá ser entregue ao governador Aécio Neves no "2º Ato Público: Onde estão nossas crianças?".

A passeata, que vai sair da Praça Professor Alberto Deodato e vai até a Praça da Liberdade, onde fica a sede do governo, vai acontecer no dia 29 de setembro, sábado, véspera do 13º aniversário de Pedro Augusto. A favor da campanha "Volta", que já encontrou 804 pessoas em Minas desde o ano passado, Cléa disse que o governo de Minas ainda precisa investir mais na busca pelos desaparecidos. "É preciso criar uma força-tarefa, envolver outros órgãos. A Delegacia de Desaparecidos é atuante, mas tem limitações", explicou.

Rivaldo de Freitas, pai do menino Douglas, que desapareceu em março do ano passado, aos 13 anos, também cobra atitudes do governo e da polícia. Segundo Rivaldo, as investigações são lentas e cheias de falhas. Ele diz que os casos não têm a atenção necessária no início e a polícia descarta pistas com muita facilidade. Por isso, ele não vai à Delegacia de Desaparecidos há cerca de dois meses. "Sofri muito ali dentro", afirmou.





Fonte: Estadão

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