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Polícia Brasil
Quarta - 08 de Agosto de 2007 às 19:13

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A casa em que morava o traficante Juan Carlos Ramirez-Abadía, o Chupeta, preso pela Polícia Federal na madrugada de terça-feira (7), é confortável e equipada. A mansão, que fica em um condomínio de luxo em Aldeia da Serra, na Grande São Paulo, é avaliada em mais de R$ 2 milhões, segundo a Polícia Federal.

De acordo com a PF, o colombiano montou a mansão com tudo à mão porque evitava sair de casa. Vizinhos notavam que Abadía era reservado, mas não desconfiavam que era traficante.

A maioria dos cômodos possui televisores de plasma. Em uma das salas, há uma TV de plasma de 72 polegadas com home theater.

No quintal da mansão, uma bela piscina e uma sauna. A casa conta também com uma academia de ginástica completa, com vários tipos de equipamentos de musculação.

O traficante confessou à polícia que trouxe com ele US$ 16 milhões em dinheiro para viver com conforto no Brasil. Em sua residência na Grande São Paulo, foram encontrados US$ 544 mil, 250 mil euros e R$ 55 mil, que estavam em cofres e em compartimentos sigilosos, como caixas de som. Além de dinheiro, havia jóias e relógios de grife.

O esquema

A organização criminosa liderada por Juan Carlos Abadía vendia cocaína na Europa e nos Estados Unidos, onde possuía ampla rede de distribuição. O dinheiro obtido na venda era retirado dos EUA através do México, enquanto o lucro da droga distribuída aos europeus saía do continente por meio da Espanha.

Do México e da Espanha, o dinheiro era transferido para o Uruguai. Era aí que entravam em ação as empresas laranjas de Abadia no Brasil. As empresas, dos mais diferentes ramos, como comércio exterior, embarcações, e imóveis, faziam negócios no Uruguai, tornando lícito o dinheiro que entrava no Brasil.

Já dentro do país, o traficante investia em imóveis (hotéis e mansões), na indústria e na aquisição de carros.

O delegado Fernando Francischini disse que a pedido da PF, o Banco Central enviou aos investigadores mais de 140 páginas de informações sobre contas bancárias dos laranjas que serviam ao traficante. Ele não soube precisar o número correto de contas bancárias envolvidas no esquema.




Fonte: G1

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