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Arte marcial traz tranquilidade para residencial
O quimono e a cara amarrada dos praticantes de Jiu-Jitsu, em princípio, não parecem algo muito amistoso, mas estão mudando a vida de crianças e adolescentes de um condomínio residencial de Várzea Grande. Quebrando o paradigma de que a luta deixaria os jovens mais violentos, a paz passou a reinar na comunidade, que antes sofria com atos de vandalismo e criminalidade dentro dos próprios portões.
O síndico do Residencial Terra Nova, Várzea grande, Carlos Alberto da Silva Pereira, de 32 anos, conta que como o condomínio é muito populoso a comunidade vinha sofrendo com diversos problemas com os jovens do lugar. “Temos por volta de 3,5 mil pessoas morando aqui. Tem muita cidade de Mato Grosso que não tem essa quantia de habitantes. Acontecia de tudo. Quebravam lâmpadas para fazer cerol, depredavam áreas comuns e até sumia algumas coisas deixadas na frente das casas. Logo estaríamos tendo coisas mais graves aqui, por isso precisávamos agir rápido.”
A vida do lugar mudou quando Carlos foi a uma lanchonete em Cuiabá e viu a foto de um homem ao lado do lutador profissional e uma das lendas vivas das artes marciais, Rodrigo Nogueira, o Minotauro. Carlos viu que a fotografia foi tirada com um professor de Jiu-Jitsu que morava na região e pertencia a mesma equipe do campeão. “Pesquisei e achei Márcio, conversamos e decidimos tentar uma opção diferente para o condomínio. Em uma semana já parecia outro lugar”, afirmou.
Marcio Cézar Matsuoka, conhecido como Terere, é professor de Artes Marcias, Faixa Preta de Jiu-Jitsu pela Federação De Jiu-Jitsu Esportivo Do Estado De Mato Grosso (FJJE-MT) e Confederação Brasileira De Jiu-Jitsu Esportivo (CBJJE).
Ele conta que morou no Japão por muitos anos e aprendeu muito mais do que o Jiu-Jitsu no oriente.
Quando retornou para Cuiabá, em 2009, ficou tentando encontrar um meio de ajudar jovens a encontrarem no esporte a mesma filosofia que ele aprendeu. “Hoje os valores estão deturpados, as instituições estão sofrendo muito. A mídia prega apenas o consumo. E isso acaba com a autoestima dos meninos e meninas. Com o Jiu-Jitsu, as coisas têm mudado, e muito. O retorno foi tão rápido que teve pai que veio me oferecer dinheiro e até presente. Eu, é claro, recusei”, disse Terere.
“Alguns pais vieram me contar que ao invés de pedir tablet ou outro videogame pediram para treinar mais, comprar um quimono, isso faz valer a pena”, completou.
As afirmações de Terere podem até parecer exageradas até assistir o treino da equipe. As crianças fazem uma fila perfeita. Não falam alto ou gritam, não brigam e não se estranham. São tão educadas que às vezes nem parecem ser crianças. Elas vêm me cumprimentar uma a uma.
O projeto do residencial deu tão certo que Terere planeja usá-lo como piloto para poder conseguir um projeto ainda mais ambicioso, ajudar garotos com problemas com as drogas da região metropolitana de Cuiabá. “Queremos ir aos conselhos tutelares e oferecer a filosofia do esporte para os garotos, e isso engloba tudo, alimentação, estudo, amor e respeito. Tem muito garoto que quer apenas ser amado e respeitado, apenas isso. Temos que atuar enquanto eles são apenas menores infratores, depois que crescerem e virarem adultos é muito mais difícil de recuperá-los. O segredo é não desistir agora.”
Terere conseguiu apoio do "De Cara Limpa Contra as Drogas" da Polícia Civil do Estado de Mato Grosso, que forneceu o ônibus para que sua equipe pudesse participar da primeira etapa do campeonato estadual matogrossense de Jiu-jitu, realizada em Rondonópolis, neste domingo, 28 de abril. “Trabalhar com os garotos é a parte mais fácil. Vencer ou perder nos campeonatos é um aprendizado. A lição que eles aprendem é muito maior do que uma medalha”.
O síndico do Residencial Terra Nova, Várzea grande, Carlos Alberto da Silva Pereira, de 32 anos, conta que como o condomínio é muito populoso a comunidade vinha sofrendo com diversos problemas com os jovens do lugar. “Temos por volta de 3,5 mil pessoas morando aqui. Tem muita cidade de Mato Grosso que não tem essa quantia de habitantes. Acontecia de tudo. Quebravam lâmpadas para fazer cerol, depredavam áreas comuns e até sumia algumas coisas deixadas na frente das casas. Logo estaríamos tendo coisas mais graves aqui, por isso precisávamos agir rápido.”
A vida do lugar mudou quando Carlos foi a uma lanchonete em Cuiabá e viu a foto de um homem ao lado do lutador profissional e uma das lendas vivas das artes marciais, Rodrigo Nogueira, o Minotauro. Carlos viu que a fotografia foi tirada com um professor de Jiu-Jitsu que morava na região e pertencia a mesma equipe do campeão. “Pesquisei e achei Márcio, conversamos e decidimos tentar uma opção diferente para o condomínio. Em uma semana já parecia outro lugar”, afirmou.
Marcio Cézar Matsuoka, conhecido como Terere, é professor de Artes Marcias, Faixa Preta de Jiu-Jitsu pela Federação De Jiu-Jitsu Esportivo Do Estado De Mato Grosso (FJJE-MT) e Confederação Brasileira De Jiu-Jitsu Esportivo (CBJJE).
Ele conta que morou no Japão por muitos anos e aprendeu muito mais do que o Jiu-Jitsu no oriente.
Quando retornou para Cuiabá, em 2009, ficou tentando encontrar um meio de ajudar jovens a encontrarem no esporte a mesma filosofia que ele aprendeu. “Hoje os valores estão deturpados, as instituições estão sofrendo muito. A mídia prega apenas o consumo. E isso acaba com a autoestima dos meninos e meninas. Com o Jiu-Jitsu, as coisas têm mudado, e muito. O retorno foi tão rápido que teve pai que veio me oferecer dinheiro e até presente. Eu, é claro, recusei”, disse Terere.
“Alguns pais vieram me contar que ao invés de pedir tablet ou outro videogame pediram para treinar mais, comprar um quimono, isso faz valer a pena”, completou.
As afirmações de Terere podem até parecer exageradas até assistir o treino da equipe. As crianças fazem uma fila perfeita. Não falam alto ou gritam, não brigam e não se estranham. São tão educadas que às vezes nem parecem ser crianças. Elas vêm me cumprimentar uma a uma.
O projeto do residencial deu tão certo que Terere planeja usá-lo como piloto para poder conseguir um projeto ainda mais ambicioso, ajudar garotos com problemas com as drogas da região metropolitana de Cuiabá. “Queremos ir aos conselhos tutelares e oferecer a filosofia do esporte para os garotos, e isso engloba tudo, alimentação, estudo, amor e respeito. Tem muito garoto que quer apenas ser amado e respeitado, apenas isso. Temos que atuar enquanto eles são apenas menores infratores, depois que crescerem e virarem adultos é muito mais difícil de recuperá-los. O segredo é não desistir agora.”
Terere conseguiu apoio do "De Cara Limpa Contra as Drogas" da Polícia Civil do Estado de Mato Grosso, que forneceu o ônibus para que sua equipe pudesse participar da primeira etapa do campeonato estadual matogrossense de Jiu-jitu, realizada em Rondonópolis, neste domingo, 28 de abril. “Trabalhar com os garotos é a parte mais fácil. Vencer ou perder nos campeonatos é um aprendizado. A lição que eles aprendem é muito maior do que uma medalha”.
Fonte:
Do Diário de Cuiabá
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/21301/visualizar/
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