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Internacional
Terça - 07 de Agosto de 2007 às 14:14

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Um grupo de 75 radicais do movimento islâmico Taleban atacou uma base das forças de coalizão lideradas pelos Estados Unidos (Otan) no sul do Afeganistão nesta terça-feira, gerando confrontos que resultaram na morte de 20 guerrilheiros, segundo informações oficiais.

Os insurgentes atacaram a base Anaconda, na Província de Uruzgan, em três frentes, usando armas de fogo, granadas e foguetes, segundo a coalizão.

Soldados do Afeganistão e dos Estados Unidos responderam ao ataque com tiros de morteiros e metralhadoras, além do apoio de forças aéreas.

"Quase duas dúzias de insurgentes morreram no ataque", informou o comunicado. Duas meninas e dois soldados afegãos também ficaram feridos durante os tiroteios.

"A falta de habilidade das forças insurgentes em infligirem qualquer dano severo à base Anaconda e o fato de eles terem sido vencidos no confronto são indicações claras da ineficácia dos guerrilheiros", disse a oficial do Exército Vanessa Bowman, porta-voz da coalizão liderada pelos EUA.

Estratégias

Ataques diretos a bases dos EUA ou da Otan (aliança militar liderada pelos americanos) por insurgentes a pé são relativamente raros.

São mais freqüentes ataques nos quais insurgentes lançam foguetes contra as bases e fogem, de acordo com a agência Associated Press.

Oficiais militares afirmam que os guerrilheiros do Taleban sabem que não podem vencer as forças ocidentais em confrontos diretos, o que levaria os radicais a agir por meio de ataques suicidas e bombas de beira de estrada.

Também hoje, talebans atacaram um posto policial na Província de Candahar (sul). O ataque gerou confrontos que duraram três horas e deixaram seis policiais e 15 talebans mortos, segundo a polícia local.

Ataques insurgentes e operações militares já mataram mais de 3.600 pessoas em 2007 no Afeganistão --a maioria insurgentes- de acordo com uma contagem da Associated Press com base em informações oficiais. A maior parte da violência está concentrada no sul do país.

Seqüestro

Um dia depois que os presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, e do Afeganistão, Hamid Karzai, afirmaram que não farão concessões para a libertação de reféns do Taleban, o grupo radical islâmico renovou as ameaças de realizar novos seqüestros no país.

O Taleban mantém cativos atualmente 21 religiosos sul-coreanos no Afeganistão e exige a libertação de prisioneiros radicais em troca da soltura dos reféns.

Os sul-coreanos foram seqüestrados em 19 de julho na Província de Ghazni, quando viajavam entre Candahar e Cabul. Dois membros do grupo já foram assassinados quando prazos dados pelo Taleban para o cumprimento das exigências expiraram.

Qari Yousef Ahmadi, que desde o início da crise dos reféns vem negociando com o governo em nome do Taleban, disse hoje que o encontro entre Bush e Karzai em Washington nesta segunda-feira não teve resultados. Segundo Ahmadi, os dois líderes não aceitarem as exigências do grupo, vai haver um "resultado ruim" para o caso.

O Taleban se mostrou disposto hoje a trocar as 18 mulheres reféns por prisioneiras insurgentes, informou a agência sul-coreana Yonhap.

"Se o governo afegão libertar as mulheres presas por terem prestado apoio aos talebans, estamos dispostos a libertar o mesmo número de reféns sul-coreanas", disse Ahmadi à Yonhap.

O ministro de Relações Exteriores sul-coreano, Song Min-soon, desmentiu hoje que duas mulheres do grupo de 21 reféns estejam gravemente doentes.





Fonte: Folha Online

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