Escola dá exemplo de Educação Ambiental
O professor Sérgio Chaves, que coordena este trabalho de Educação Ambiental dentro da escola, destaca que a conscientização é um processo, o qual começou com a sensibilização dos professores que hoje buscam capacitação para trabalhar o tema.
Os alunos estão animados e se envolvem cada vez mais nas atividades voltadas ao Meio Ambiente. Prova disso foi o resultado da gincana ambiental realizada pela escola no último mês, quando os alunos conseguiram recolher cerca de 15 mil garrafas PET. O grupo vencedor da gincana, que recolheu 5.100 garrafas PET, foi premiado com um passeio a APM de Manso (Aproveitamento Múltiplo de Manso) na semana passada. A visita foi possível devido à parceria firmada entre a escola e a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), que por meio da Superintendência de Educação Ambiental, busca estimular as boas iniciativas no setor ambiental.
No passeio, o grupo formado por 15 alunos e seis professores, pode conhecer a história da APM de Manso, desde a sua construção, os impactos ambientais e a forma que a empresa lidou com estes problemas. Após uma palestra, os alunos conheceram as instalações da Usina e ao final foram premiados com um passeio no Lago de Manso.
Entusiasmado com o que viu, o aluno da 7ª série Felipe Neves classificou como muito bom o ensino da escola e a discussão sobre as questões ambientais. “Estamos ajudando manter limpo o Meio Ambiente. Estamos fazendo a nossa parte, pois há muita sujeira e destruição”, analisa. Felipe afirma ainda que leva as informações que tem na escola para os seus pais, que também aprovam a idéia estão mudando algumas atitudes.
A escola estadual também realiza duas oficinas, por ano, de reaproveitamento de resíduos. O professor Sérgio Chaves afirma que o objetivo também é o de que alunos e pais produzam e gerem renda. Ele afirma que o trabalho busca, cada vez mais, inserir os pais nestes trabalhos ambientais e que o resultado tem sido extremamente positivo. “Os alunos já apresentam atitudes diferentes. Melhoramos, e em muito, a conservação da escola, no que se refere a lixo, sujeira e até pichação. Hoje, a escola não precisa de reforma”.
Desdobramento
Do passeio que fizeram a APM de Manso, o grupo de alunos voltou com a responsabilidade de socializar o conhecimento. O professor Sérgio Chaves afirma que eles ainda serão motivados para que na próxima Feira Pedagógica da escola apresentem a Usina aos demais alunos, com fotos e até com uma maquete do local. “Aqui eles estão tendo uma aula de campo e voltam com esta responsabilidade de socializar o conhecimento. Este passeio foi um grande estímulo para a gincana, que apresentou resultados surpreendentes”, disse durante a visita a Manso.
O trabalho de Educação Ambiental na escola também visa ser ampliado, com o desenvolvimento de ações no próprio bairro. O professor enfatiza que o ensino parte do sentido que o conceito de Meio Ambiente é mais amplo do que preservação, mas abrage as relações interpessoais. “Mostramos que uma simples bolinha de papel amassado, jogada em outra pessoa, demonstra que não está tendo relação com o meio”.
A diretora da escola, Lúcia Fernandes de Oliveira, que também acompanhou os alunos durante o passei a Manso, afirma que as crianças estão mais conscientes, discutem mais e cobram muito. “O dom da criança é cobrar e elas estão vendo que o Meio Ambiente é o futuro delas”, ressaltou.
A Educação Ambiental na Escola Estadual Historiador Rubens de Mendonça foi implantada após uma capacitação feita pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc), através do Programa de Educação Ambiental (PrEA). O professor Sérgio Chaves foi capacitado como mediador deste programa.
Entre os objetivos do PrEA está o de promover a sustentabilidade do Estado, alicerçada em processos educativos que contemplem a justiça social e a proteção ambiental. Este programa integra a estratégia de Governo Escola Atrativa.
Educação Ambiental
O superintendente de Educação Ambiental da Sema, Antônio Carlos Nogueira, elogia o trabalho desenvolvido pela escola Historiador Rubens de Mendonça, destacando que é muito mais fácil ensinar às crianças o certo, do que esperar elas praticarem uma ação errada e depois ter que corrigí-las. “Isso é educação ambiental, o que é muito mais fácil fazer do que a reeducação ambiental”.
Nogueira aponta ainda que hoje já se fala, inclusive, de alfabetização ambiental, por meio da qual a criança é levada a conhecer a origem do que consome. “Na situação econômica mundial, fica muito mais fácil comprar comida pronta, e a criança acaba não sabendo de onde vem o leite que ela bebe e a carne que come. A alfabetização ambiental tem este objetivo, mostrar para a criança todo o processo que houve para que o leite chegasse à caixinha e a carne virasse hamburguer”.
Além disso, o superintendente destaca outra discussão que vem ganhando força no Estado, que é a inclusão, no currículo escolar, de uma disciplina sobre o Meio Ambiente, para que as crianças comecem, desde cedo, a discutir a preservação ambiental.
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