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El País: Giros simultâneos assinalam rivalidade entre Lula e Chávez
- A rivalidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do presidente venezuelano Hugo Chávez, pela liderança na América Latina ficou evidenciada no giro simultâneo que ambos iniciaram na região, diz artigo na edição desta terça-feira do jornal espanhol El País.
"Com sua visita ao México e à América Central, Lula deseja estreitar os laços diplomáticos e expandir as relações comerciais, sobretudo na área de biocombustíveis, a grande alternativa ao petróleo", diz o diário.
"O mesmo petróleo que permitirá a Chávez distribuir milhões em sua viagem: na Argentina, comprará (títulos da) dívida, e, com a Bolívia e o Equador, firmará acordos energéticos."
Segundo o jornal, "o presidente venezuelano quer transmitir a mensagem de que a Venezuela possui os recursos econômicos e, sobretudo, a vontade de construir um cenário econômico alternativo, em que seu país tenha um papel preponderante".
O artigo diz que a Venezuela quer reforçar sua posição depois dos atritos com o Brasil e o Paraguai pelo fechamento da Radio Caracas TV e do desinteresse por seu projeto do Gasoduto do Sul. Chávez quer ainda uma reaproximação com o presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, que, diz o jornal, estaria irritado com o venezuelano por não ter participado da Cúpula Ibero-Americana de Montevidéo e pelo ato que realizou contra Bush em Buenos Aires quando o presidente americano visitava o Uruguai.
Brasil e Paraguai não endossaram a integração como membro pleno da Venezuela ao Mercosul porque "ambos os países se opõem, um de maneira discreta e outro abertamente, a que o Mercosul adote um perfil mais político pela mão do presidente venezuelano".
O artigo afirma ainda que Chávez tem sido criticado nos países anfitriões, "onde se indica que o populismo venezuelano não é tão generoso quanto o pintam os meios oficiais", pois leva vantagem na compra da dívida argentina.
O artigo é concluído com uma observação do pesquisador Erik Fernández, da Universidade Iberoamericana, que diz que "os presidentes argentino, brasileiro e mexicano favorecem as ações multilaterais, em contraposição ao unilateralismo impulsionado por Chávez graças ''ao poder do dinheiro'' que lhe dá o petróleo".
O jornal argentino Clarín diz que a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao México, levando consigo a proposta de cooperação bilateral em desenvolvimento e biocombustíveis, é oportuna.
"Em maio passado, a gigante estatal Pemex anunciou que as reservas comprovadas de petróleo cru no México poderiam se esgotar em menos de dez anos nos atuais níveis de produção, deixando o país no fim da lista futura de grandes produtores de petróleo."
O uso de milho nos Estados Unidos para a produção de etanol distorceu os preços do cereal no mercado mexicano, afetando inclusive um dos produtos básicos da dieta nacional, com o aumento do preço das tortilhas, observa o Clarín.
Calderón enfrentou protestos por causa do aumento do preço da farinha.
"Com sua visita ao México e à América Central, Lula deseja estreitar os laços diplomáticos e expandir as relações comerciais, sobretudo na área de biocombustíveis, a grande alternativa ao petróleo", diz o diário.
"O mesmo petróleo que permitirá a Chávez distribuir milhões em sua viagem: na Argentina, comprará (títulos da) dívida, e, com a Bolívia e o Equador, firmará acordos energéticos."
Segundo o jornal, "o presidente venezuelano quer transmitir a mensagem de que a Venezuela possui os recursos econômicos e, sobretudo, a vontade de construir um cenário econômico alternativo, em que seu país tenha um papel preponderante".
O artigo diz que a Venezuela quer reforçar sua posição depois dos atritos com o Brasil e o Paraguai pelo fechamento da Radio Caracas TV e do desinteresse por seu projeto do Gasoduto do Sul. Chávez quer ainda uma reaproximação com o presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, que, diz o jornal, estaria irritado com o venezuelano por não ter participado da Cúpula Ibero-Americana de Montevidéo e pelo ato que realizou contra Bush em Buenos Aires quando o presidente americano visitava o Uruguai.
Brasil e Paraguai não endossaram a integração como membro pleno da Venezuela ao Mercosul porque "ambos os países se opõem, um de maneira discreta e outro abertamente, a que o Mercosul adote um perfil mais político pela mão do presidente venezuelano".
O artigo afirma ainda que Chávez tem sido criticado nos países anfitriões, "onde se indica que o populismo venezuelano não é tão generoso quanto o pintam os meios oficiais", pois leva vantagem na compra da dívida argentina.
O artigo é concluído com uma observação do pesquisador Erik Fernández, da Universidade Iberoamericana, que diz que "os presidentes argentino, brasileiro e mexicano favorecem as ações multilaterais, em contraposição ao unilateralismo impulsionado por Chávez graças ''ao poder do dinheiro'' que lhe dá o petróleo".
O jornal argentino Clarín diz que a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao México, levando consigo a proposta de cooperação bilateral em desenvolvimento e biocombustíveis, é oportuna.
"Em maio passado, a gigante estatal Pemex anunciou que as reservas comprovadas de petróleo cru no México poderiam se esgotar em menos de dez anos nos atuais níveis de produção, deixando o país no fim da lista futura de grandes produtores de petróleo."
O uso de milho nos Estados Unidos para a produção de etanol distorceu os preços do cereal no mercado mexicano, afetando inclusive um dos produtos básicos da dieta nacional, com o aumento do preço das tortilhas, observa o Clarín.
Calderón enfrentou protestos por causa do aumento do preço da farinha.
Fonte:
BBC Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/213162/visualizar/
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