Mãe e filha são acusadas de esquema de fraudes na previdência social

A empresária Eliseth Alves da Cruz e sua filha, Mhayra Alves da Cruz Pacheco foram presas ontem pela Polícia Federal acusadas de liderarem um esquema de fraudes contra a Previdência Social. Os prejuízos aos cofres públicos, já identificados nas investigações, é de R$ 234,375 mil e envolve 28 benefícios falsos. A operação foi denominada Prevlider, que é o nome da empresa chefiada por Eliseth e por meio da qual eram aliciados os beneficiários para a fraude. As duas foram indiciadas por formação de quadrilha e estelionato.

De acordo com as investigações, um médico e uma servidora do INSS davam apoio à quadrilha. O médico é acusado de emitir laudos falsos e a servidora de deferir os benefícios falsos. O esquema consistia em primeiro aliciar beneficiários. Estes eram orientados a contribuírem com a Previdência por um período de quatro meses, com valores em torno de R$ 500. Com isso, eles conseguiam a condição de assegurados. A partir daí, eles entravam com laudos médicos falsos, sendo que a grande maioria era de problemas psiquiátricos, que tornava a identificação da fraude mais difícil por parte dos peritos do órgão. Até o momento não foi identificado participação dos peritos na fraude.

As investigações apontam ainda que as líderes da quadrilha orientavam os supostos beneficiários a como se vestirem e agirem diante dos peritos.

A Polícia Federal conseguiu identificar alguns beneficiários que serão intimados para prestarem esclarecimentos. Caso fique comprovado que eles sabiam do esquema poderão ser indiciados também por estelionato.

As investigações, iniciadas há quatro meses, partiram de uma denúncia anônima e foi coordenada pelo delegado da Delegacia de Crimes Previdenciários da PF, Eliomar da Silva Pereira. Além das prisões, foram emitidos oito mandados de busca e apreensão, cumpridos na empresa Prevlider e nas residências das acusadas, em Cuiabá, do médico e de uma servidora do INSS.