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Nacional
Segunda - 06 de Agosto de 2007 às 19:35

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Após a implosão do prédio da TAM Express, atingido pelo Airbus A 320 da TAM no dia 17 de julho, os destroços serão minuciosamente vasculhados por técnicos que trabalharam nas Torres Gêmeas, em Nova York, após os ataques de 11 de setembro de 2001. Os parentes das vítimas do acidente têm esperança de encontrar principalmente objetos de valor sentimental.

Funcionários da Catastrophe Global Commercial Services, especializada em recuperar imóveis atingidos em incêndios, inundações e até furacões, farão o trabalho. Com a implosão, sobraram 18 mil toneladas de escombros, e serão necessários oito caminhões que devem fazer cerca de 900 viagens para remover tudo. O que sobrou do prédio será levado para um galpão na periferia de São Paulo, onde 15 técnicos da empresa farão uma triagem para tentar encontrar objetos dos passageiros e de quem trabalhava no local.

Memorial

Nesta segunda, o prefeito Gilberto Kassab assinou o decreto que torna de utilidade pública a área do prédio da TAM Express. O prédio foi doado pela empresa para a Prefeitura.

Além da área do imóvel da TAM, a praça englobará ainda o terreno de três casas e do posto de gasolina próximos ao local do acidente. A praça vai ocupar uma área estimada em 7,8 mil metros quadrados.

As casas que serão desapropriadas ficavam coladas ao prédio da TAM, com frente para Rua Baronesa de Bela Vista. As edículas – pequenas construções nos fundos de um terreno - dos três imóveis foram destruídas com a implosão do prédio da TAM Express.

O posto de gasolina, que fica na Avenida Washington Luís, teve parte de sua área atingida pela aeronave e também foi derrubado neste domingo. Os proprietários dos imóveis, que ainda não foram procurados, irão receber uma indenização da prefeitura cujo valor ainda não foi definido.

Kassab criou uma comissão, formada pela secretaria de Coordenação das Subprefeituras, do Meio Ambiente e da Cultura. Ela tem 30 dias para apresentar um projeto para construção do memorial, no qual também deve constar o valor que será gasto pelo governo municipal.

"Esperamos em poucas semanas iniciar a construção desta praça para entregar aos brasileiros e aos familiares das vítimas", disse. O secretário de subprefeituras, Andrea Matarazzo, que integrará a comissão, falou da importância da praça. "É uma área pública a mais para a cidade com um significado muito especial."

O prefeito garantiu que, durante o trabalho da comissão, serão ouvidos os familiares das vítimas do acidente e os moradores do entorno. Eles poderão dar idéias de como será a praça. "Este é o motivo de criarmos uma comissão", disse. A manutenção da praça também será responsabilidade do governo municipal, de acordo com Kassab.

O decreto que determina a utilidade pública da área deve ser publicado nesta terça-feira (6).

Área de escape

O prefeito disse durante a assinatura do decreto que o trabalho pela segurança nos aeroportos é "uma cruzada que não tem mais fim". Ele comentou que a prefeitura faz um estudo na região do Jabaquara, na Zona Sul, a pedido do governo federal.

A idéia é identificar possíveis locais onde possa ser construída uma área de escape para o Aeroporto de Congonhas. Mas Kassab afirmou que ainda não há nada definido sobre eventuais desapropriações.

Imóveis

A Subprefeitura de Santo Amaro refez nesta segunda os cálculos sobre o número de imóveis afetados na Zona Sul de São Paulo pelo acidente com o vôo JJ 3054 da TAM.

Segundo a subprefeitura, o total de imóveis analisados é de 28 (inicialmente, eram 22). Onze foram liberados nesta segunda, 15 ainda faltam ser vistoriados (como um posto de gasolina) por diversos fatores, como a ausência de proprietários no local, segundo explicaram os engenheiros, e dois estão em observação.

Nesta última situação, estaria o imóvel de número 242 da Rua Baronesa de Bela Vista, que já teve o tráfego liberado, e o outro seria um café situado na Rua Olavo Tarquínio de Sousa (a pista sentido aeroporto deve ser aberta aos veículos ainda nesta segunda).

Desde 14h, engenheiros faziam vistorias nos imóveis. O trabalho foi encerrado por volta de 16h e será retomado nesta terça-feira (7).

A Prefeitura de São Paulo irá desapropriar quatro imóveis para construção de uma praça em homenagem às vítimas do acidente.




Fonte: G1

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