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Economia
Segunda - 06 de Agosto de 2007 às 08:44

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Abastecer com álcool em vez de gasolina no mês de julho ficou mais vantajoso em 20 Estados brasileiros. No mesmo mês do ano passado, os ganhos dessa substituição se limitava a sete Estados, segundo levantamento da Safras & Mercado.

Mesmo com a queda dos preços do combustível mais lenta nas bombas do que nas usinas, o mercado interno se manteve aquecido entre janeiro e julho. Com isso, o consumo aumentou 18% em relação à média a 2006, segundo a diretoria de Álcool e Agroenergia do Ministério da Agricultura (Mapa). A condição traz alento ao setor que teme depreciação ainda maior nas usinas - que desde abril foi de 37% - resultante de um provável recuo das importações americanas.

Para ser mais vantajoso ao consumidor final, o preço do álcool combustível tem de ser equivalente a, no máximo, 70% do valor da gasolina, o que em julho só não ocorreu em Roraima, Amapá, Pará, Rondônia, Paraíba, Piauí e em Sergipe. Em São Paulo, o litro do álcool combustível passou a equivaler 50,3% da gasolina.

"O anormal foi o que ocorreu em 2006, quando os Estados Unidos importaram 70% dos 3,6 bilhões de litros exportados pelo Brasil, pressionando os preços e tirando a vantagem álcool em muitos Estados", acrescenta, Miriam Bacch, pesquisadora do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP).

Segundo o Mapa, a média mensal de consumo de etanol até julho no Brasil foi de 1,3 bilhão de litros, ante os 1,1 bilhão do ano-safra anterior. "E esse acréscimo tem relação direta com a expansão da frota de carros bicombustíveis, cujo proprietário pode escolher de acordo com a melhor relação custo-benefício, o combustível que vai usar em seu automóvel", enfatiza Ângelo Bressan, diretor de Álcool e Agroenergia.

Considerando estimativa da consultoria Safras & Mercado, o consumo interno de álcool combustível no atual ano-safra (abril-março) ficará entre 16 bilhões e 17 bilhões de litros, com tendência a se aproximar da máxima, segundo Barabach. O volume é 20% superior ao realizado na safra 2006/07. Se confirmarem pelo menos 2 bilhão de litros a mais, haverá compensação sobre a diferença entre o que precisa ser exportado para enxugar o mercado brasileiro - 4 bilhões de litros - e a previsão mais pessimista de venda externa na atual safra - 2,5 bilhões de litros, diz Barabach.

Mas as estimativas de menor exportação de álcool podem mudar. Segundo Tarcilo Rodrigues da Bio Agência, especializada em comercialização de álcool, identificou nas últimas semanas procura maior pelo produto brasileiro. "Acredito que o petróleo começou a consolidar novo patamar de preço", avalia.





Fonte: Gazeta Mercantil

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