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Esportes
Domingo - 05 de Agosto de 2007 às 15:35

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Os dois boxeadores cubanos Guillermo Rigoundeaux, de 26 anos, e Erislandy Lara, de 24 anos, que abandonaram a delegação do seu país durante o Pan 2007, foram deportados na noite de sábado (4).

Segundo o delegado da Polícia Federal do Rio, Felício Laterça, as despesas da viagem foram pagas pelo governo cubano. Os documentos dos atletas foram entregues pelo Consulado de Cuba, em São Paulo.

Ainda de acordo com o delegado, os atletas partiram do Aeroporto Internacional Tom Jobim, na Ilha do Governador, no subúrbio do Rio, às 21h de sábado. Os boxeadores foram encontrados pela polícia em Araruama, na Região dos Lagos.

"Eles estão sem documentos. Essa já é causa suficiente para serem deportados", contou Laterça.

Na sexta-feira (3), o Ministério Público Federal abriu inquérito para investigar se houve indícios de crime contra os pugilistas cubanos.

O delegado explicou que foi solicitado ao governo cubano para que adquirisse as passagens de volta, e providenciasse os passaportes dos atletas.

Caso o governo cubano não arcasse com as despesas de viagem, o delegado disse que o governo federal poderia assumir os custos.

Atletas estavam em Araruama

Os dois atletas estavam hospedados em um hotel na Região Metropolitana do Rio desde a madrugada desta sexta-feira (3). Eles foram encontrados na quinta-feira (2), na Praia Seca, em Araruama, na Região dos Lagos do Rio, graças a um trabalho de inteligência da Secretaria Nacional de Segurança Pública.

Como estavam em situação ilegal, os lutadores de boxe Erislandy Lara e Guillermo Rigondeaux estavam sob liberdade vigiada. Por questão de segurança, o endereço do hotel não foi divulgado. As informações foram passadas pelo delegado Laterça.

Eles foram encontrados pela PM em Araruama e levados para o batalhão da Polícia Militar de Cabo Frio. Os atletas estavam sem passaporte porque o documento ficou em poder da chefia da delegação cubana que participou do Pan.

Os lutadores de boxe, que eram favoritos à medalha de ouro antes de disputar as semi-finais, e eram considerados desaparecidos pelo governo brasileiro.

No depoimento à Polícia Federal em Niterói, eles contaram que deixaram a Vila Pan -americana em companhia de dois empresários: um alemão e outro cubano que prometeram levá-los para a Europa onde fariam carreira como lutadores profissionais.

Os atletas disseram que, depois disso, foram mantidos incomunicáveis. Eles falaram que estão arrependidos e querem voltar pra casa. Os boxeadores recusaram a assistência de advogados que foram até a delegacia em nome dos empresários. Os advogados se negaram a ir embora e foram autuados por desacato e desobediência.

Procura

A procura começou na segunda-feira (30) depois que a Secretaria Nacional de Segurança Pública informou à policia de Cabo Frio que Lara e Rigondeaux estariam na Região dos Lagos. A partir das fotos distribuídas aos policiais e informações sobre as características físicas, como os dentes de ouro de Rigondeaux, os policiais chegaram aos atletas.

foram deportados, na noite de sábado (4). Eles embarcaram num vôo fretado pelo governo de Cuba.




Fonte: G1

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