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Nacional
Sábado - 04 de Agosto de 2007 às 22:45

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O vice-presidente da República, José Alencar, criticou hoje, em Belo Horizonte, o papel das agências reguladoras. Alencar se disse contra a autonomia das agências em relação à Presidência da República. E afirmou ter tido sorte de os acidentes aéreos não terem acontecido quando era ministro da Defesa. Os comentários foram feitos durante o enterro, na capital mineira, do engenheiro Rospierre Vilhena Bastos, vítima do acidente com o Airbus da TAM, em 17 de julho. Bastos era funcionário da Coteminas, empresa de Alencar.

Uma das agências reguladoras é a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), apontada como uma das responsáveis pela crise no setor aéreo. "O presidente da República não tem como transferir responsabilidade, porque o responsável perante a nação é sempre o presidente. Então, por esta razão e por outras, eu sou contra a independência e autonomia dessas agências, porque autonomia é muito bonito quando você pode transferir responsabilidade, mas quando você, diante de um problema, transfere a responsabilidade para o presidente da República, isto não é bom", declarou Alencar.

O vice-presidente não quis apontar as causas do acidente, mas não isentou a Anac. "O Brasil todo despertou para o problema da aviação civil no momento em que houve aquele acidente do (jato) Legacy com o (Boeing da) Gol, onde morreram 154 pessoas. A partir dali, houve muita preocupação de todos, culminando agora com esse problema no aeroporto de Congonhas. São casos completamente diferentes, a rigor não tem nada a ver um com o outro, mas provavelmente tem a ver com questões ligadas à administração da aviação civil", disse. Defendeu que o papel das agências reguladoras seja revisto e que elas passem a responder aos ministérios.

Alencar, que foi ministro da Defesa no primeiro governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, classificou como sorte o fato de os acidentes não terem acontecido naquela época: "Fomos de sorte, porque no nosso tempo não tivemos nenhum problema maior". Ele disse, no entanto, ter acompanhado de perto os problemas do setor aéreo. "É claro que, depois que essas coisas acontecem, é mais fácil localizar os problemas, mas estávamos atentos ao que era trazido pela Infraero, pelo comando da Aeronáutica e pelo Conselho Nacional de Aviação Civil", declarou.




Fonte: AE

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