Amorim defende adesão da Venezuela ao Mercosul
Após reunião com o ministro das Relações Exteriores, Comércio Internacional e Culto da Argentina, Jorge Taiana, o chanceler Celso Amorim informou que deve tratar do tema em breve com deputados e senadores.
"Vejo isso como algo se realizando com normalidade, é o nosso interesse.
Não houve ainda uma oportunidade para que eu conversasse com os congressistas, mas eu diria que houve gestos positivos nas conversas do embaixador da Venezuela com o Congresso brasileiro para desanuviar um aspecto ou outro da questão, e isso é bom", avaliou Amorim.
A adesão plena da Venezuela ao Mercosul depende da aprovação do Parlamento de todos os parceiros do bloco.
As relações do Congresso brasileiro com o governo venezuelano, no entanto, ficaram estremecidas a partir das declarações do presidente Hugo Chávez, que chamou os parlamentares de "papagaios de Washington", depois que o Senado pediu que Chávez reconsiderasse a não-renovação da concessão da RCTV.
Argentina e Uruguai já ratificaram a adesão venezuelana.
A aproximação do México com o Mercosul também interessa ao Brasil e à Argentina.
Amorim lembrou que o presidente argentino, Nestor Kirchner, esteve recentemente no México.
No domingo (5), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegará ao país para visita de três dias.
"Temos desejo de aprofundar os acordos de complementação econômica.
O Brasil não exclui - pelo contrário, vê com bons olhos a idéia de um acordo de livre-comércio entre o México e o Mercosul, o que criaria as condições para que o México pudesse ser um associado, como são outros , afirmou Amorim.
E complementou: "Precisamos de dois para bailar.
Sabemos que o México quer, sim, se aproximar do Mercosul.
E temos que descobrir qual a forma melhor". A adesão do México como membro pleno não é possível, uma vez que o país é integrante do Nafta (Área de Livre Comércio da América do Norte, formada por Estados Unidos, Canadá e México).
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