Por segurança na Copa, Riva pede fortalecimento do Bope
"Caveirão" do Bope foi adquirido este ano para fortalecer a segurança durante a Copa
Como uma das sedes da Copa do Mundo de 2014, Cuiabá terá que garantir segurança para a população e para os turistas durante o maior evento da história de Mato Grosso. Quando o Estado e a Capital assinaram a Matriz de Responsabilidade do evento, assumiram o compromisso de ter uma sede realmente segura, com efetivo policial suficiente e capacitado para garantir a segurança da população, dos turistas, delegações e demais autoridades.
Esse foi o argumento do presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva (PSD), ao fazer uma indicação ao Governo do Estado alertando sobre a necessidade de investimentos em equipamentos específicos para o grupo de intervenção tática e de atiradores de elite do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), visando garantir a segurança durante a Copa e depois do evento.
Ao justificar a medida, o parlamentar lembrou que a Secretaria de Segurança Pública (Sesp) estará investindo o equivalente a R$ 32 milhões em equipamentos para as forças policiais. Esses recursos são, na sua maioria, transferências federais, usados no treinamento de policiais para atuação em situações de ameaças de explosivos, criação de um gabinete para comando e controle de incidentes e para a aquisição de tecnologias não letais.
Especialistas no assunto vêem esses investimentos como imprescindíveis, porém alertam para a necessidade imediata de aquisição de equipamentos para tropas altamente especializadas como o Bope. Essa aquisição, segundo estimativas, não atingirá nem dez por cento dos valores que serão aplicados nas outras áreas de segurança e garantirá eficácia e eficiência nas ações a serem desenvolvidas na Capital e interior.
“Vamos receber visitantes do Brasil e de vários países, que assistirão aos jogos e conhecerão os principais pontos turísticos da Capital e municípios vizinhos. O que estamos propondo é o reforço da segurança especializada, equipando o Bope para dar a pronta resposta que um evento deste porte exige. Depois da Copa, os investimentos ficarão como legado, contribuindo para a melhoria da atuação das forças policiais em defesa da população mato-grossense”, disse Riva.
A preocupação com a segurança na Copa aumentou nos últimos dias, em função dos atentados registrados durante a maratona de Boston, nos Estados Unidos. A Fifa já recomendou ao Comitê Organizador Local (COL) o reforço no sistema de segurança que será usado durante a competição no Brasil.
As tropas consideradas forças de operações, como o Bope, são unidades altamente treinadas que usam armamentos mais poderosos e com maior variedade do que a polícia comum. Elas atuam especialmente no combate a seqüestros, assaltos a bancos, negociações para a libertação de reféns, cercos e blitz policiais e ameaças de bombas. Sua missão é dar uma resposta rápida e eficiente a situações que colocam em risco a segurança dos cidadãos.
O Bope completou este ano 25 anos de atuação em Mato Grosso. Criado em 1988, surgiu pela necessidade do Governo atuar contra o crime organizado com uma tropa especializada. Hoje são aproximadamente 100 policiais militares capacitados e treinados para executar todas as alternativas táticas necessárias em ocorrências de alta complexidade.
Mais de duas décadas de trabalho renderam a esta “Tropa de Elite”, o status de referência em patrulhamento de alto risco e gerenciamento de crises. Seus agentes estão entre os mais bem treinados e preparados, com destaque para a especialização em tiro policial de precisão.
Nos últimos anos, o Bope de Mato Grosso tem obtido destaque no cenário nacional, no que se refere a patrulhamento em mata fechada. Hoje, o batalhão promove cursos de treinamento para diversos outros estados como Goiás, Mato Grosso do Sul e Rondônia. Seus agentes tiveram atuação destacada também no combate às quadrilhas especializadas em assaltos a bancos com reféns, modalidade apelidada de “novo cangaço”. Com informações da assessoria
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