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Economia
Sábado - 04 de Agosto de 2007 às 09:46
Por: Marianna Peres/Marcondes Macie

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Os preços da gasolina atingiram esta semana os valores mais baixos dos últimos dois anos em Cuiabá. Após chegar a R$ 2,97 durante o primeiro semestre deste ano, o preço de bomba do combustível entrou em queda livre e começou a ser reduzido gradualmente. Primeiro baixou para R$ 2,95/litro, depois caiu para R$ 2,91 e, agora, situa-se na média de R$ 2,84. Alguns postos, entretanto, ousaram mais na “promoção” e decidiram baixar os preços para R$ 2,79 e R$ 2,77 e até para R$ 2,74, como foi visto no final da tarde de ontem, no posto Vip da Avenida Miguel Sutil.

Apesar do declínio, Mato Grosso mantém o preço mais caro do país pelo litro do combustível, conforme ratifica a última pesquisa de preços da Agência Nacional do Petróleo, Biocombustíveis e Gás Natural (ANP), válida para o período de 29 de julho a 4 de agosto.

Um funcionário do Posto Universal (esquina da Avenida Senador Metello e Comandante Costa) que não quis se identificar afirmou que o posto está fazendo apenas “promoção”, aproveitando a queda automática dos preços em função da maior adição do álcool anidro à gasolina, que passou de 23% para 25%.

Em outros postos próximos a este, os preços também caíram a patamares de R$ 2,79 e R$ 2,82. A explicação dos funcionários, para o recuo dos preços, é a mesma: promoção.

De uma forma geral, todos os postos decidiram baixar os preços esta semana. Entretanto, diferentemente do que vinha sendo observado na semana anterior, quando os postos adotavam preços semelhantes (R$ 2,91/R$ 2,93), os valores cobrados hoje variam de R$ 2,77 a R$ 2,86, uma diferença de R$ 0,09 por litro. Considerando o preço máximo do ano R$ 2,97 e o mínimo, R$ 2,74, a redução chega a R$ 0,20 e acumula queda de 7,7%.

Mas os postos negam que esteja havendo uma nova “guerra de preços” no setor de revenda. “É promoção mesmo”, garante o gerente Fernando Lima, que cuida dos negócios de um posto da Avenida Rubens de Mendonça.

Para Moacir Lira, frentista de um posto na Avenida Miguel Sutil, a explicação para a queda dos preços pode estar na maior adição do álcool à gasolina.

Os preços do álcool realmente estão baixos e uma maior adição à gasolina pode de fato possibilitar ao posto a adoção de diferenças nos preços finais, acredita o gerente Altair Silva.

Após a primeira semana da mudança na fórmula de adição de álcool anidro à gasolina o preço ao consumidor na Grande Cuiabá caiu em até R$ 0,09, ficando dentro da margem projetada pelo setor, que espera por um litro entre 0,03 a R$ 0,09 mais barato.

CONSUMIDOR - Para os proprietários de veículos, a dúvida é quanto ao rendimento do combustível com mais álcool, relata o gerente de um posto da Avenida Rubens de Mendonça. “Muitos questionam, mas abastecem sem reclamar porque os preços da gasolina estão mais em conta”.

Sobre os comentários dos consumidores após o aumento da mistura para 25% de álcool anidro, o gerente do posto informa que os clientes estão contentes com a redução nos preços, mas temerosos quanto ao rendimento do combustível no veículo.

“Os consumidores perceberam a queda, mas querem saber se o motor vai estranhar a nova gasolina. Acredito que este pequeno acréscimo de anidro à gasolina não irá influenciar no rendimento dos carros”, afirma Marcelo Guimarães.

ANP – Promoção ou não, Mato Grosso se mantém no podium do ranking brasileiro com o litro da gasolina mais caro, mesmo com a última pesquisa de preços da ANP, já ter detectado as últimas baixas na bomba. O levantamento válido para o período de 29 de julho a 4 de agosto revela que a média do litro no Estado é de R$ 2,892. Várzea Grande tem o produto mais barato do Estado, R$ 2,885, seguido da média cuiabana a R$ 2,887.

O Acre tem a segunda gasolina mais cara do país, R$ 2,868 e o Amapá tem o litro mais barato: R$ 2,221.

Entre os oito municípios pesquisados – Alta Floresta, Cáceres, Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Sinop, Sorriso e Santo Antônio de Leverger – o litro mais caro está em Alta Floresta (800 quilômetros ao norte de Cuiabá) que apresentou média de R$ 3,200.

Em relação aos preços mínimos também observados pela ANP, o valor de bomba a R$ 2,760 foi encontrado em Sorriso (460 quilômetros ao médio norte de Cuiabá). Já na Capital, a menor cotação da semana, segundo a Agência foi de R$ 2,790. A última pesquisa visitou 204 postos no Estado.

Já nos dados acumulados pela ANP nas quatro últimas semanas – de 8 de julho a 4 de agosto – a redução no litro da gasolina em Mato Grosso é de 1,09%, considerando que o combustível passou de R$ 2,924 para R$ 2,892, no período.





Fonte: Diário de Cuiabá

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