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Internacional
Sábado - 04 de Agosto de 2007 às 06:53

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Tóquio, 4 ago (EFE).- O antigo imperador japonês, Hirohito, acreditava que o enterro de criminosos de guerra no polêmico santuário de Yasukuni podia prejudicar as relações exteriores do Japão, segundo o testemunho de um ajudante do monarca.

O camareiro do imperador, Yoshihiro Tokugawa, confiou as dúvidas de Hirohito ao poeta japonês Hirohiko Okano enquanto os dois analisavam poemas do imperador que expressavam a sua "ansiedade" sobre o tema, afirma hoje a agência japonesa "Kyodo".

Tokugawa disse a Okano que Hirohito era "contra uma homenagem em Yasukuni aos criminosos de guerra" porque ela "alteraria a natureza das divindades veneradas" no santuário e o objetivo do templo.

Além disso, segundo o testemunho, o imperador estava preocupado porque considerava que a homenagem seria no futuro "uma fonte de problemas com o resto dos países envolvidos na guerra".

Em julho de 2006, o testemunho do antigo chefe da Casa Real japonesa evidenciou que Hirohito era contra a homenagem. Mas ainda não se sabia o motivo.

O imperador Hirohito visitou o santuário de Yasukuni em oito ocasiões até 1978, quando o local recebeu os restos de 14 criminosos de guerra. Entre eles, o primeiro-ministro Hideki Tojo, que desempenhou o cargo durante a Segunda Guerra Mundial. Desde então, não voltou ao polêmico santuário.

O atual imperador, Akihito, filho de Hirohito, nunca foi ao templo desde sua ascensão ao trono, em 1989.

O santuário xintoísta de Yasukuni, considerado um símbolo do imperialismo japonês, tem sido fonte de disputas internacionais entre o Japão e os países asiáticos que foram alvo do expansionismo japonês no princípio do século XX.





Fonte: EFE

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