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Repórter News - reporternews.com.br
Líder da Câmara da Geórgia teme que relações com a Rússia piorem
TBILISI - A presidente do Parlamento da Geórgia, Nino Burdzhanadze, afirmou neste sábado, 4, que temor uma deterioração nas relações georgianas com a Rússia, à medida que se aproximem as eleições presidenciais nos dois países, marcadas para 2008.
"As relações da Rússia com a Geórgia e com todo o mundo são reféns das eleições presidenciais", disse Burzhanadze, em entrevista à Efe.
Ela se mostrou convencida de que "muito do que a Rússia faz e que parece difícil compreender ocorre precisamente devido à proximidade das eleições presidenciais".
"Gostaria de acreditar que as nossas relações não piorarão de maneira radical. Mas não há grande segurança disso", disse a presidente do Legislativo.
A parlamentar, de 43 anos, foi uma das cabeças da Revolução das Rosas de 2003, que levou ao poder o atual presidente da Geórgia, Mikhail Saakashvili.
Jurista de profissão, ela garantiu que as autoridades georgianas farão o possível para "normalizar as relações com a Rússia, para construir uma vizinhança normal". Mas destacou que para atingir o objetivo a Geórgia "não pode abrir mão dos seus interesses".
Na sua opinião, o pior momento nas relações já passou, após a expulsão de quatro militares russos acusados de espionagem. Na época, a Rússia impôs um bloqueio à Geórgia. Mas "a situação continua insatisfatória", avaliou.
"O principal empecilho em nossas relações com a Rússia são os conflitos da Abkházia e Ossétia do Sul", disse Burdzhanadze.
Moscou apóia as duas regiões separatistas, que se cindiram de fato após sangrentos conflitos civis, no começo da década de 90.
A autoridades georgianas acusam a Rússia de promover uma "anexação encoberta" da Ossétia do Sul e da Abkházia, concedendo a cidadania russa aos habitantes das duas regiões separatistas.
Burdzhanadze ressaltou que a Geórgia vê na Otan um fiador de sua segurança nacional e integridade territorial. A adesão à Aliança Atlântica é um dos principais objetivos do país na política externa.
Os políticos russos, acrescentou, não têm direito de propor à Geórgia que permaneça neutra. "As pesquisas mostram que 82% dos georgianos são a favor da entrada na Otan", citou.
A recente escolha de Sochi, balneário russo na fronteira com a Abkházia, como sede dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2014, provocou novas tensões. Empresários russos manifestaram sua intenção de incorporar a província para a construção das infra-estruturas olímpicas. Também anunciaram planos de investir em fábricas de materiais de construção no seu território.
"A Abkházia jamais poderá participar dos preparativos dos Jogos de Sochi sem o consentimento da Geórgia", enfatizou Burdzhanadze.
"Se a Rússia ignorar a integridade territorial e a soberania da Geórgia, dos compromissos que assumiu perante toda a comunidade internacional, acontecerá o mesmo que durante as Olimpíadas de 1980, quando a União Soviética foi boicotada", ameaçou Burdzhanadze.
"As relações da Rússia com a Geórgia e com todo o mundo são reféns das eleições presidenciais", disse Burzhanadze, em entrevista à Efe.
Ela se mostrou convencida de que "muito do que a Rússia faz e que parece difícil compreender ocorre precisamente devido à proximidade das eleições presidenciais".
"Gostaria de acreditar que as nossas relações não piorarão de maneira radical. Mas não há grande segurança disso", disse a presidente do Legislativo.
A parlamentar, de 43 anos, foi uma das cabeças da Revolução das Rosas de 2003, que levou ao poder o atual presidente da Geórgia, Mikhail Saakashvili.
Jurista de profissão, ela garantiu que as autoridades georgianas farão o possível para "normalizar as relações com a Rússia, para construir uma vizinhança normal". Mas destacou que para atingir o objetivo a Geórgia "não pode abrir mão dos seus interesses".
Na sua opinião, o pior momento nas relações já passou, após a expulsão de quatro militares russos acusados de espionagem. Na época, a Rússia impôs um bloqueio à Geórgia. Mas "a situação continua insatisfatória", avaliou.
"O principal empecilho em nossas relações com a Rússia são os conflitos da Abkházia e Ossétia do Sul", disse Burdzhanadze.
Moscou apóia as duas regiões separatistas, que se cindiram de fato após sangrentos conflitos civis, no começo da década de 90.
A autoridades georgianas acusam a Rússia de promover uma "anexação encoberta" da Ossétia do Sul e da Abkházia, concedendo a cidadania russa aos habitantes das duas regiões separatistas.
Burdzhanadze ressaltou que a Geórgia vê na Otan um fiador de sua segurança nacional e integridade territorial. A adesão à Aliança Atlântica é um dos principais objetivos do país na política externa.
Os políticos russos, acrescentou, não têm direito de propor à Geórgia que permaneça neutra. "As pesquisas mostram que 82% dos georgianos são a favor da entrada na Otan", citou.
A recente escolha de Sochi, balneário russo na fronteira com a Abkházia, como sede dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2014, provocou novas tensões. Empresários russos manifestaram sua intenção de incorporar a província para a construção das infra-estruturas olímpicas. Também anunciaram planos de investir em fábricas de materiais de construção no seu território.
"A Abkházia jamais poderá participar dos preparativos dos Jogos de Sochi sem o consentimento da Geórgia", enfatizou Burdzhanadze.
"Se a Rússia ignorar a integridade territorial e a soberania da Geórgia, dos compromissos que assumiu perante toda a comunidade internacional, acontecerá o mesmo que durante as Olimpíadas de 1980, quando a União Soviética foi boicotada", ameaçou Burdzhanadze.
Fonte:
AFP
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/213639/visualizar/
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