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Nacional
Sexta - 03 de Agosto de 2007 às 23:59

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O Ministério Público Federal divulgou nota, nesta sexta-feira (3), informando a abertura de inquérito policial para investigar se houve indícios de crime contra os pugilistas cubanos Guillermo Rigondeaux e Erislandy Lara. Os dois abandonaram a delegação do seu país durante o Pan 2007.

Segundo a nota do MPF, a procuradoria quer saber se, conforme foi apontado pelos pugilistas em depoimento, eles foram aliciados para ficar no Brasil; se foi dado a eles quaisquer substâncias entorpecentes; e se eles sofreram privação de liberdade.

De acordo com o comunicado, o procurador Leonardo Luiz de Figueiredo Costa, que atua no município de Niterói, na Região Metropolitana do Rio, requisitou à Polícia Federal que seja tomado o depoimento dos cubanos, das pessoas indicadas por estes como sendo intermediários ou aliciadores, bem como de qualquer pessoa identificada que tenha estado com os cubanos nos dias que se seguiram ao desaparecimento deles.

O MPF também quer, segundo a nota, o depoimento dos responsáveis pela localização dos atletas e a realização de laudo toxicológico. O procurador determinou ainda que as autoridades responsáveis pelo procedimento de deportação sejam informadas sobre o inquérito e prazos.

Atletas cubanos vão ser deportados, diz PF

Os dois boxeadores cubanos vão ser deportados de volta para a Cuba, explicou o delegado federal Felício Laterça, responsável pelo caso.

"Eles estão sem documentos. Essa já é causa suficiente para serem deportados", contou Laterça.

O delegado explicou que já foi solicitado ao governo cubano que adquira as passagens de volta, e providencia os passaportes dos atletas. Mas, caso Cuba não banque a viagem, o delegado disse que o governo federal pode ter de pagar.

Atletas estavam em Araruama

Os dois atletas estão hospedados em um hotel na Região Metropolitana do Rio desde a madrugada desta sexta-feira (3). Eles foram encontrados na quinta-feira (2), na Praia Seca, em Araruama, na Região dos Lagos do Rio, graças a um trabalho de inteligência da Secretaria Nacional de Segurança Pública.

Como estão em situação ilegal, os lutadores de boxe Erislandy Lara, de 24 anos, e Guillermo Rigondeaux, de 25, estão sob liberdade vigiada. Por questão de segurança, o endereço do hotel não foi divulgado. As informações são do delegado Felício Laterça.

Eles foram encontrados pela PM em Araruama e levados para o batalhão da Polícia Militar de Cabo Frio. Os atletas estavam sem passaporte porque o documento ficou em poder da chefia da delegação cubana que participou do Pan.

Os lutadores de boxe, que eram favoritos à medalha de ouro antes de disputar as semi-finais, e eram considerados desaparecidos pelo governo brasileiro.

No depoimento à Polícia Federal em Niterói, eles contaram que deixaram a Vila Pan -americana em companhia de dois empresários: um alemão e outro cubano que prometeram levá-los para a Europa onde fariam carreira como lutadores profissionais.

Os atletas disseram que, depois disso, foram mantidos incomunicáveis. Eles falaram que estão arrependidos e querem voltar pra casa. Os boxeadores recusaram a assistência de advogados que foram até a delegacia em nome dos empresários. Os advogados se negaram a ir embora e foram autuados por desacato e desobediência.

Procura

A procura começou na segunda-feira (30) depois que a Secretaria Nacional de Segurança Pública informou à policia de Cabo Frio que Lara e Rigondeaux estariam na Região dos Lagos. A partir das fotos distribuídas aos policiais e informações sobre as características físicas, como os dentes de ouro de Rigondeaux, os policiais chegaram aos atletas.





Fonte: G1

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