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Nacional
Sexta - 03 de Agosto de 2007 às 19:46

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BRASÍLIA - O Ministério da Defesa decidiu mesmo substituir a operação tapa-buracos na pista principal do Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, por um trabalho definitivo de recapeamento do asfalto. Faltam apenas detalhes técnicos, como a cabeceira por onde a obra começará. Com o início das obras, provavelmente a partir de terça-feira, 7, 20% dos vôos internacionais que operam em Cumbica serão transferidos para o Aeroporto de Viracopos, em Campinas.

A pista principal de Guarulhos tem 3.700 metros. Está saturada, pois seu tempo de operação, em torno de 15 anos, já foi ultrapassado em cinco. A idéia é refazê-la em três etapas. Primeiro, deverá ser isolado um terço, o que possibilitará a liberação de 2.500 metros para as operações de pouso e decolagem. Toda a superfície asfáltica será removida, colocando-se em seu lugar asfalto betuminoso a quente. Sem um terço da pista, aviões como os MD11, Airbus 340 e Boeing 747, usados pela aviação internacional, deverão ser desviados para Viracopos ou Tom Jobim, no Rio.

Depois da conclusão da primeira etapa, esta será liberada e será feito o mesmo na outra cabeceira. No início do ano que vem deverá ser feita a terceira etapa, nos 1.300 metros restantes. A pista será entregue totalmente remodelada, como grooving (ranhuras que impedem a formação de lâminas d'água causadoras de aquaplanagem) e duas saídas de emergência ou alta velocidade. Para a construção da parte central, a pista deverá ser interditada por 30 dias. Nesse período só a pista auxiliar operará.

A antecipação da obra na pista do Aeroporto de Guarulhos foi sugerida pelo brigadeiro José Carlos ao ministro Nelson Jobim durante uma reunião, na quarta-feira à noite. Jobim pediu uma avaliação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), visto que em outubro as chuvas que caem em São Paulo são intensas e costumam atrapalhar o trabalho. Jobim temia que a obra causasse transtornos em Guarulhos, visto que o governo decidiu transferir 20% dos vôos de Congonhas para lá.

Para o presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, o melhor é que a obra seja a definitiva, visto que já foi feita a licitação e a estatal já conta com R$ 11 milhões disponíveis para pagar os custos da reforma.




Fonte: Estadão

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