Talibãs rejeitam assistência médica para reféns sul-coreanos

Os talibãs rejeitaram nesta sexta-feira (3) a visita de uma equipe médica aos 21 reféns sul-coreanos que estão em seu poder há duas semanas no Afeganistão.

"Queríamos enviar médicos para os reféns porque estamos preocupados com a saúde deles, mas os talibãs negaram", declarou Alishah Ahmadzai, chefe da polícia provincial de Ghazni, 140 km ao sul de Cabul, onde os rebeldes seqüestraram o grupo de missionários no dia 19 de julho.

"Não precisamos de médicos. Se estão preocupados com a saúde dos reféns, devem libertar dois dos nossos que são mantidos como prisioneiros em troca dos dois que estão muito doentes", confirmou Yusuf Ahmadi, porta-voz dos talibãs.

Ahmadi reiterou a disposição dos rebeldes em negociar apenas com os emissários sul-coreanos, mas por enquanto a Coréia do Sul não confirmou o encontro.

A presidência sul-coreana voltou a repetir nesta sexta-feira que não estava em suas mãos "dar uma resposta direta às exigências dos talibãs para que alguns de seus prisioneiros sejam trocados pelos reféns coreanos".

Cabul rejeita a troca de presos talibãs por reféns para não incitar os seqüestros, mas a Coréia do Sul pede "flexibilidade", principalmente desde a execução de um segundo sul-coreano no início desta semana.

Vinte e três sul-coreanos, em sua maioria mulheres, foram seqüestrados no dia 19 de julho quando viajavam em um veículo particular pela estrada entre Cabul e Kandahar (sul), uma das mais perigosas do Afeganistão. Dois reféns foram executados.