Desfalcada, seleção iraquiana é recebida com festa em Bagdá
O governo organizou uma festa para a chegada da seleção na Zona Verde de Bagdá, a área mais militarizada da capital iraquiana.
Segundo a agência de notícias AFP, uma pequena multidão recebeu os jogadores no aeroporto internacional do país e depois se deslocou para a festa na Zona Verde.
No entanto, muitos integrantes do time não voltaram ao país, incluindo o capitão Younis Mahmoud e o técnico brasileiro Jorvan Vieira.
Alguns temiam atentados durante a festa de recepção. O capitão Mahmoud disse que temia pela própria vida. Antes de chegar ao Iraque, a seleção passou alguns dias na Jordânia.
O técnico brasileiro, considerado pelos iraquianos um dos heróis da conquista, viajará da Jordânia para o Marrocos, onde pretende tirar férias. Ele disse à agência de notícias AFP que sua missão no Iraque acabou.
"Preciso descansar e posso levar até três meses para decidir meu futuro, já que tenho propostas da China, Austrália, Coréia do Sul, Turquia, Tunísia e Catar", afirmou Vieira na capital jordaniana.
Festas e atentados
O Iraque venceu a Arábia Saudita por 1 a 0 na final da Copa da Ásia disputada no último domingo.
A conquista deu início a grandes comemorações por todo o Iraque. No entanto, houve registro de violência durante algumas comemorações de torcedores.
Na festa da vitória sobre a Coréia do Sul, na semifinal disputada na semana anterior, pelo menos 50 pessoas morreram em atentados com bomba.
A seleção do Iraque inclui sunitas, xiitas e curdos. Segundo os correspondentes no Iraque, a vitória serviu para unir temporariamente as diferentes facções do país, que está dividido.
Comentários