MT busca alternativas para a produção de biodiesel
Secretários e presidentes de empresas de extensão rural dos três Estados vão discutir, entre outros assuntos, o combustível produzido a partir de óleos vegetais extraídos de diversas matérias-primas. “Vamos em busca de uma nova alternativa para a produção de biodiesel”, disse o secretário de Projetos Estratégicos, Clóves Vettorato.
Com perspectivas otimistas no mercado mundial, o dendê produzido na região Norte se apresenta como a nova vedete para produção de biodiesel. Motivo: dentre as oleaginosa é a que mais produz óleo por área plantada. “Vamos verificar as condições para se plantar a palma do dendê em Mato Grosso, principalmente na região Norte”, informou Vettorato.
De acordo especialistas em biocombustíveis, o dendezeiro, planta originária da África, foi trazida ao Brasil pelos escravos e introduzida no país no período colonial. As sementes foram plantadas no recôncavo baiano onde encontrou as condições de solo e clima para seu desenvolvimento. Durante séculos foi plantado apenas para atender às necessidades da culinária regional.
Para se ter uma idéia, conforme o Anuário do Biodiesel, um hectare de dendê pode produzir de 20 até 30 toneladas de cachos. O dendenzeiro é a oleaginosa de maior produtividade conhecida, além de ser o óleo mais consumido no mundo. “Por esse e outros motivos o cultivo da palma constitui uma alternativa viável e rentável para a recuperação de áreas alteradas, além de ser uma cultura extremamente versátil, sendo dela aproveitado os óleos da semente (óleo de palma) e do mesocarpo (óleo de palmiste), os cachos e os resíduos do processo de extração de óleo (glicerina), entre outros usos”, consta o anuário.
Além do biodiesel, a comitiva de Mato Grosso vai avaliar a viabilidade de se produzir o peixe pirarucu em lagos existentes na região Araguaia. Ainda integram a comitiva o secretário-adjunto de Projetos Estratégicos, Neurilan Fraga, o presidente da Empaer e o diretor de pesquisa, Leôncio Pinheiro e Antonimar Marinho, respectivamente.
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