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Nacional
Sexta - 03 de Agosto de 2007 às 09:35

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O relator da emenda constitucional que prorroga a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse ontem que a apreciação da proposta poderia ser “abreviada”, sendo encaminhada diretamente a votação no plenário da Câmara depois de aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A sugestão foi feita 24 horas depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmar a indicação do aliado Luiz Paulo Conde (PMDB) para a presidência de Furnas, uma das maiores empresas estatais do País.

A declaração irritou a oposição, a começar pelo deputado Paulo Bornhausen (DEM-SC), que em nota oficial chamou Cunha de “chantagista”.

A votação da proposta vem se arrastando há dois meses na CCJ e ontem governo e oposição fizeram um acordo de procedimento que deve permitir a aprovação da admissibilidade constitucional do texto na próxima sexta-feira. Só depois disso é que se inicia efetivamente a discussão de mérito, na Comissão Especial, o que consumiria pelo menos mais dois meses. Para evitar perda de tempo, o governo articula com o próximo relator do texto, Antônio Palocci (PT-SP), a apresentação do parecer em plenário.

Embora Cunha nada tenha que ver com a tramitação na Comissão Especial, suas declarações favoráveis à manobra governista foram interpretadas pela oposição como uma retribuição pela nomeação de Conde. “Eduardo Cunha quer, agora que o presidente nomeou seu protegido para Furnas, recuperar o tempo que perdeu fazendo chantagem com o governo”, disse Paulo Bornhausen. Cunha refutou as críticas, alegando que essa versão foi construída pelo lobby que tentava impedir a confirmação de Conde. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo





Fonte: AE

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